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Águas do Alto Minho investe 13 ME para reduzir perdas de água

A empresa Águas do Alto Minho (AdAM) está a investir 13 milhões de euros na rede de abastecimento de água dos sete municípios que a integram para controlo e diminuição de perdas, foi hoje divulgado.

Em comunicado enviado às redações, a empresa de gestão das redes de abastecimento de água em baixa e de saneamento básico adiantou que aquele investimento resulta de uma candidatura ao PO SEUR – Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos.

A AdAM é detida em 51% pela Águas de Portugal (AdP) e em 49% pelos municípios de Arcos de Valdevez (PSD), Caminha (PS), Paredes de Coura (PS), Ponte de Lima (CDS-PP), Valença (PSD), Viana do Castelo (PS) e Vila Nova de Cerveira (Movimento independente PenCe – Pensar Cerveira), que compõem a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho.

Três concelhos do distrito – Ponte da Barca (PSD), Monção (PSD) e Melgaço (PS) – reprovaram a constituição daquela parceria.

Segundo a empresa, “até ao final do ano de 2021 está prevista a instalação de medidores de caudal, em todas as infraestruturas localizadas da rede de abastecimento de água, o que vai permitir aferir com exatidão o volume de água que entra no sistema e das perdas reais nos sete municípios”.

“Encontra-se também em curso o processo de controlo da gestão da rede de abastecimento de água, envolvendo a instalação de um sistema de telegestão que possibilitará receber e centralizar todos os dados dos equipamentos, (englobando mais de 600 pontos) e vai também permitir a atuação remota sobre as infraestruturas. Prevê-se que este processo esteja concluído até ao primeiro trimestre de 2022”, acrescenta.

A AdAM acrescenta que irá “também implementar o WONE (Water Optimization for Network Efficienty), um sistema tecnológico desenvolvido dentro do Grupo Águas de Portugal pela EPAL, que permite a redução das perdas e a otimização do sistema de abastecimento, com resultados relevantes em termos económicos, sociais e ambientais”.

A empresa foi constituída em 2019 e começou a operar em janeiro de 2020, “dimensionada para fornecer mais de nove milhões de metros cúbicos de água potável, por ano, e para recolher e tratar mais de seis milhões de metros cúbicos de água residual, por ano, a cerca de 70 mil clientes”.

De acordo com a empresa, no seu “primeiro ano de atividade, foram detetadas 1.884 roturas na rede e na globalidade da sua área de intervenção um volume 45,4% de perdas de água no sistema de distribuição e de 38,5% de saneamento”.

A intervenção agora anunciada “visa tornar mais sustentáveis as redes de abastecimento de água e de drenagem de águas residuais, reduzindo consideravelmente o volume de perda de água, bem como de afluências indevidas, contribuindo para a proteção dos recursos hídricos da região e promovendo o bem-estar das populações, com uma gestão mais eficiente deste limitado recurso essencial à vida”.

A constituição da empresa tem sido contestada por vários partidos e pela população, que se queixam do aumento “exponencial” das tarifas e do “mau” funcionamento dos serviços, reclamando a sua reversão e a devolução da gestão daquelas redes a cada um dos municípios.