A IV Feira do Livro Luso Galaico da Ribeira Minho abriu ontem à tarde, em Caminha, junto à Torre do Relógio. Este é um certame que junta os três municípios que constituem a “Eurocidade da Foz do Minho”.
Esta Feira do Livro é uma organização conjunta com o Jornal Caminha 2000 e as freguesias de Caminha Matriz e Vilarelho.
Até domingo, no certame de Caminha, mas também no Rosal e A Guarda (com eventos a decorrer em paralelo, podem ser conhecidos livros e autores da região, a par de um programa que inclui várias iniciativas ligadas ao livro e à literatura.
O certame, em Caminha, abriu ao som das gaitas galegas e das concertinas minhotas, em clima de festa e de união de culturas e costumes. Os três autarcas, em intervenções informais, realçaram a importância dos laços entre autarquias e povos da Eurocidade, designadamente no âmbito cultural. Rui Lages frisou que o rio tem de continuar a ser um fator de união e manifestou-se otimista nos projetos futuros.
Recordaram-se histórias antigas, inclusive do tempo em que o contrabando juntava as populações, que sempre mantiveram relações ao nível económico, procurando numa ou noutra localidade produtos dessa região, apesar dos constrangimentos oficiais.
Além da visita à Feira, o primeiro dia ficou ainda marcado por “Poemas cantados de Isabel Marouço” – a Pastora-Poetisa da Serra d’Arga. Foi uma ocasião para falar de percursos, vidas e de poesia, numa espécie de tertúlia, com apresentação de Inês Silva Araújo.
A par da divulgação e da venda de obras, o programa da IV Feira do Livro Luso Galaico da Ribeira Minho inclui diversos momentos culturais, como tertúlias, exposições, espaços de poesia e lançamento de novas obras. É o caso do lançamento do livro “O Barco de Vilar de Mouros e Outras Embarcações do Rio Coura”, uma obra que tem como autores Paulo Torres Bento, Joaquim Aldeia Gonçalves, Basílio Barrocas e Plácido Ranha Silva Souto. Trata-se de uma edição do GEPPAV – Grupo de Estudo e Preservação do Património Vilarmourense, entidade que se dedica essencialmente à pesquisa, preservação, inventariação e produção de conhecimento sobre o património vilarmourense.