O Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, reuniu hoje com o Conselho Empresarial Estratégico de Viana do Castelo (CEEVC) para apresentação aos empresários do “Estudo de Mercado para o desenvolvimento do Porto de Viana do Castelo”, documento que defende a duplicação da área do porto comercial vianense.
O autarca destacou o facto de diversos stakeholders terem sido convidados a participar neste estudo que pretende “impactar” o presente e o futuro do porto marítimo. “O envolvimento dos agentes locais, de uma forma diversificada, em todas as atividades do território, desde a pesca até à academia e investigação, é essencial”, declarou, esperando que o porto marítimo “seja o espaço de amarração de todas estas realidades”.
O Presidente do conselho de administração da APDL – Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, João Neves, considerou que o estudo “traz informações para que o Porto saiba em que sentido deve avançar”, considerando que “é um ponto de partida” para o futuro da infraestrutura.
“Precisamos de ter mais área. É o que diz o estudo e acreditamos que se o porto se reorientar, pode crescer”, defendeu, afirmando que podem instalar-se indústrias variadas dentro do porto vianense.
Segundo o comunicado e, de acordo com as conclusões e recomendações do estudo, “o perfil futuro do porto marítimo de Viana do Castelo pode passar pela melhoria do seu porto comercial e pelo reforço da polivalência, em torno de todas as oportunidades geradas pela descarbonização e pela sustentabilidade social, económica e ambiental, sendo um espaço ainda mais privilegiado para o desenvolvimento das energias renováveis offshore e onshore, o desenvolvimento da construção, fabrico, reparação e reconversão de embarcações e equipamentos navais necessários à descarbonização e inclusivo e dinamizador da pesca e aquacultura sustentáveis, bem como promotor do turismo azul e dos desportos náuticos”.
Assim, “caso o porto de Viana do Castelo pretenda aproveitar as oportunidades de crescimento do porto comercial, no mínimo, para que seja possível desenvolver as condições atuais da operação”, é necessário: expandir a área total, de forma a conseguir aumentar a área disponível para armazenagem a descoberto para aproximadamente o dobro, passando dos atuais 5,5 hectares de área disponível para armazenagem a descoberto para cerca de 11 hectares de terrapleno junto ao cais.
Na reunião, descrevem que é imperativo, ainda, “aumentar o comprimento em linha reta do cais de atraque dos atuais 250 metros para cerca de 500 metros; garantir uma profundidade mínima de 12 metros ao longo de todo o canal e junto aos cais, o que significa, pelo menos, mais 4 metros de profundidade para além dos atuais 8 metros.
“Assim, torna-se pertinente e urgente atualizar o plano de ordenamento e expansão do porto de Viana do Castelo, por forma a dotá-lo de uma maior dimensão, para poder aproveitar as oportunidades, bem como melhorar os seus índices de operação, revertendo todos os pontos que limitam o seu desenvolvimento”, revela o comunicado.
O estudo resultou de um protocolo celebrado entre a Câmara Municipal e a APDL – Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana, SA. e pretendeu estabelecer um perfil adequado para a potenciação do uso do Porto Marítimo de Viana do Castelo, nomeadamente no que respeita à movimentação de carga pelo tecido empresarial da região.