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Hospital de Viana do Castelo aumenta internamento para 116 camas

O hospital de Viana do Castelo “ajustou a capacidade de resposta ao aumento de casos de infeção pelo vírus SARS-Cov-2 e aumentou, em uma semana, o número de camas para internamento de 35 para 116, revelou hoje o administrador.

“Neste momento, temos atribuídas 116 camas para internamento de doentes com covid-19, fora as 25 camas da Unidade de Cuidados Intensivos, sendo que, no total, a taxa de ocupação rondará os 90%”, afirmou, em declarações à agência Lusa, o presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), Franklim Ramos.

“Não estamos numa situação de crise, caótica, mas estamos com bastantes doentes, reflexo do aumento substantivo da epidemia. Estamos a responder adequadamente. Estamos sempre a reajustar em função das necessidades e não temos a capacidade esgotada”, sublinhou.

O responsável apelou à “confiança da população”, garantindo que a ULSAM “está a responder, ajustando com cuidado, gerindo bem os recursos disponíveis, por ser necessário atenção aos doentes que não estão infetados, mas sofrem outras doenças”.

“O que pedimos à população é que cumpra as normas emanadas pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Que cumpra o confinamento geral, que tenha cuidado com a etiqueta respiratória, o distanciamento, que use a máscara. Isso é que é importante, porque esses comportamentos ajudam a reduzir o número de casos ativos e podem aliviar a pressão sobre o hospital”, alertou.

O responsável realçou que, “em termos hospitalares, o serviço de urgência tem respondido adequadamente, e os doentes que carecem de internamento têm sido internados”.

Franklim Ramos manifestou ainda “grande admiração” pelos profissionais de saúde da ULSAM que, “apesar da situação ser difícil, têm ajudado a administração, contribuindo para que o hospital seja capaz de responder à situação atual”.

“Todos os profissionais de saúde da ULSAM têm sido excecionais. A população do Alto Minho pode estar orgulhosa dos seus profissionais de saúde que têm sido extraordinários. Toda a gente tem colaborado de uma forma inexcedível para responder às necessidades que se vão colocando”, destacou.

O presidente do concelho de administração da ULSAM adiantou que a Estrutura de Apoio de Retaguarda (EAR), instalada no centro cultural de Viana do Castelo para receber utentes de lares e doentes com covid-19, tem, atualmente, 15 pessoas internadas.

“A ULSAM, em articulação com a DGS, iniciou no dia 06, numa unidade Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) de Ponte da Barca, o processo de vacinação de utentes residentes em lares do distrito de Viana do Castelo, destacou ainda.

O administrador especificou que “a planificação do processo de vacinação dos utentes residentes em lares aponta para a necessidade de, aproximadamente, 4.800 administrações, entre utentes e profissionais”.

Adiantou que “a continuidade do processo está dependente de orientações da DGS, estando neste momento indicados mais cinco concelhos” do distrito de Viana do Castelo.

A ULSAM é constituída por dois hospitais: o de Santa Luzia, em Viana do Castelo, e o Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima.

Integra ainda 12 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença, e serve uma população residente superior a 244 mil pessoas dos 10 concelhos do distrito de Viana do Castelo e algumas populações vizinhas do distrito de Braga.

Em todas aquelas estruturas trabalham mais de 2.500 profissionais, entre eles, cerca de 500 médicos e mais de 800 enfermeiros.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.994.833 mortos resultantes de mais de 93 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 8.543 pessoas dos 528.469 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.