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Vila Nova de Cerveira cede 3.ª feira primeiros 10 computadores alunos carenciados

A Câmara de Vila Nova de Cerveira vai ceder, na terça-feira os primeiros 10 computadores portáteis e outros tantos ‘routers’ de acesso à Internet para apoiar 14 alunos carenciados do concelho, disse hoje à Lusa o presidente.

Segundo Fernando Nogueira, aqueles 14 alunos pertencem a 10 famílias carenciadas identificadas no levantamento realizado pela autarquia, “em estreita colaboração com o agrupamento de escolas”, daquele concelho do distrito de Viana do Castelo.

“Foi realizado um questionário aos alunos, nomeadamente se dispunham de computador e de Internet em suas casas e, da listagem obtida, os serviços municipais de intervenção social confrontaram com informação disponível, bem como adicionaram casos que não estavam identificados”, explicou o autarca independente, eleito pelo movimento PenCe – Pensar Cerveira.

Fernando Nogueira acrescentou que devido à realização de aulas à distância, a autarquia fez um levantamento dos portáteis que integram o inventário do agrupamento de escolas, com o intuito de serem emprestados a alunos sinalizados como mais vulneráveis.

“No total, são cerca de 50 portáteis disponíveis para assegurar as necessidades mais prementes no acesso às novas tecnologias, 10 dos quais conseguidos pelo Agrupamento de Escolas no âmbito da sua participação no programa #somossolução”, especificou, sublinhando que “numa segunda fase, a medida poderá ser reforçada com o empréstimo de ‘tablets’ já há alguns anos ao serviço da comunidade escolar”.

“A devolução deve ser concretizada até ao final do presente ano letivo para manutenção e reatribuição no início do próximo ano letivo”, destacou.

Segundo Fernando Nogueira, “os computadores portáteis agora disponibilizados fazem parte do inventário do agrupamento de escolas de Vila Nova de Cerveira, adquiridos pela câmara municipal na sua estratégia de investimento na educação”.

“Neste momento, o que a câmara municipal adquiriu foi um conjunto de equipamentos ‘WiFi’ que permite o acesso à rede de internet disponibilizada pelas juntas de freguesia, num investimento de cerca de 1.500 euros e que poderá vir a ser reforçado mediante as necessidades”, sustentou.

Questionado sobre a distribuição de máscaras pela população do concelho, o autarca disse que o executivo “já ponderou, numa segunda fase, e quando o mercado assim o permitir, adquirir esses equipamentos”.

Atualmente, referiu, a Câmara de Vila Nova de Cerveira “tem procurado dotar várias entidades do concelho de material de higienização e de proteção, como as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), Bombeiros Voluntários, Centro de Saúde, Juntas de Freguesia, Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), GNR, Inatel e mesmo o comércio local que se encontra de portas abertas”.

“No total, já foram adquiridos 50 Equipamentos de Proteção Individual (EPI) reutilizáveis com óculos, luvas de nitrilo e cobre botas disponibilizados a lares, centro de saúde e bombeiros voluntários, 100 EPI descartáveis para IPSS e bombeiros voluntários, 2.500 luvas descartáveis e 100 litros de gel desinfetante para o comércio local de portas abertas, mais de 500 viseiras, 100 testes rápidos covid-19 e desinfetante de rua entregues às Juntas de Freguesia para procederem à desinfeção de espaços públicos com maior fluxo de pessoas”, especificou.

Fernando Nogueira adiantou estar a “aguardar a chegada, nos próximos dias, de uma encomenda de 2.000 máscaras cirúrgicas e 1.800 KN95 com filtro (1.000 das quais em parceria com os Bombeiros Voluntários), e ainda mais 2.000 máscaras de tecido reutilizável para distribuir pelos funcionários municipais e Juntas de Freguesia do concelho”.

“No total, já foram investidos cerca de 25 mil euros na compra de material de higienização e de proteção individual”, precisou.

Portugal regista hoje 735 mortos associados à covid-19 em 20.863 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.

O país cumpre o terceiro período de 15 dias de estado de emergência, iniciado em 19 de março.

O decreto presidencial que prolongou a medida até 02 de maio prevê a possibilidade de uma “abertura gradual, faseada ou alternada de serviços, empresas ou estabelecimentos comerciais”.