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Hospital de Viana esteve sem máquina de TAC durante dez dias

O Hospital de Viana do Castelo esteve sem máquina de TAC durante dez dias, mas entretanto a administração do hospital garantiu, esta quinta-feira, que o aparelho já está a funcionar.

A denúncia tinha sido feita pela bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, que adiantou que os doentes urgentes tiveram de ser transportados para Ponte de Lima e os casos não urgentes encaminhados para uma clínica privada de Viana do Castelo.

Questionada pela agência Lusa, a administração da ULSAM, garantiu, em comunicado, que o equipamento de TAC “está em funcionamento”, depois de ter estado “inoperacional de 19 a 24 de julho e de 27 a 31 de julho”. “O tempo de resolução das avarias, com diferente origem, deveu-se à necessidade de substituição de peças”, especificou.

Segundo a ULSAM, o TAC “tem três anos”, admitindo que, apesar de ser “relativamente novo, tem utilização intensiva, uma vez que é a única resposta aos pedidos com origem no serviço de urgência, consulta externa e internamento”.

Garantiu ainda que “não tido custos acrescidos com esta avaria, nem com o transporte de doentes”. “Sempre que necessário e obviamente, com indicação clínica, o transporte de doentes é feito com acompanhamento de médico e enfermeiro. Esta situação ocorreu apenas em dois casos, no período de tempo em que decorreu a avaria, o que configura, uma situação excecional”, especificou.

Esta quinta-feira, o CDS-PP dirigiu-se ao Governo e questionou o ministro da Saúde sobre o motivo pelo qual não foi reparado ou substituído o equipamento de TAC do hospital de Viana do Castelo.

Numa pergunta dirigida ao ministério tutelado por Adalberto Campos Fernandes, as deputadas Ilda Araújo Novo e Isabel Galriça Neto referem que “notícias vindas a público referem que o hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo, que integra a Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), está há dez dias sem equipamento de Tomografia Axial Computorizada (TAC)”.

No requerimento enviado ao ministro, as deputadas do CDS-PP “questionam também a tutela sobre quais os tempos de espera atuais para a realização destes exames tanto no hospital de Santa Luzia, como no hospital Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima”.

Ilda Araújo Novo e Isabel Galriça Neto querem ainda saber “que encargos está o Serviço Nacional de Saúde (SNS) a ter com a realização destes exames não urgentes no setor privado, pela falta de reparação e/ou substituição do equipamento no hospital de Santa Luzia, e que medidas pretende o ministro tomar, de imediato, para resolver este problema”.

Entretanto, a administração da ULSAM adiantou “estar prevista, no plano de investimentos para 2019, a aquisição de um segundo TAC” para esta unidade hospitalar.