Realizou-se esta quarta-feira a reunião pública descentralizada em Vilar de Mouros, na sede da Junta. Em dia de avisos oficiais de ocorrência de temporal e chuva intensa, a reunião acabou por não ser tão participada como seria desejável, mas mesmo assim houve oportunidade de colocar questões e da Câmara, através do seu Presidente, anunciar medidas importantes para a freguesia. Foi o caso das soluções, a breve prazo, para três problemas muito concretos, em zonas da freguesia como a Aveleira, Leveda e Pereira.
Em relação à Aveleira e à fossa comunitária ali existente, Rui Lages informou que a Câmara vai executar, talvez ainda este ano, a obra de ligação ao coletor principal, numa distância de cerca de 30 metros. Já sobre o Lugar de Leveda e sobre a falta de ligação de um loteamento, o assunto deverá ser resolvido na próxima semana. Outra das questões prende-se com a zona de Pereira e com a avaria na estação elevatória. O Presidente da Câmara explicou que uma das peças da estação avariou, mas que já foi adquirida uma nova, uma aquisição que tem requisitos, informando que se encontra em trânsito, na Alemanha, e que vai substituir a danificada, sendo instalada logo que chegue a Portugal e designadamente ao concelho.
Boas notícias ainda relativamente ao património. Ficou-se a saber que o barco caraterístico de Vilar de Mouros, foco do livro recentemente lançado pelo GEPPAV – Grupo de Estudo e Preservação do Património Vilarmourense, vai “regressar”, ou melhor, vai ser executada uma réplica, com os recursos da Câmara Municipal de Caminha, que já tem na sua posse os esquiços que permitirão um trabalho mais fiel, que será sempre acompanhado pelo GEPPAV.
Rui Lages informou ainda que será realizada uma ação de limpeza nas margens do rio Coura, provavelmente já em outubro, retirando-se árvores de grande porte que se encontram tombadas, já identificadas por GPS.
Será um trabalho de parceria com a Junta de Vilar de Mouros, mas também com as de Argela e Venade, envolvendo ainda a Capitania de Caminha, os bombeiros, os sapadores florestais, os baldios e a associação ambientalista Corema.
As boas notícias levadas à reunião pelo Presidente da Câmara de Caminha surgiram em resposta a questões colocadas por Carlos Alves, Presidente da Junta de Freguesia. O autarca local pediu soluções também para várias artérias, sobretudo relativas a mau estado do piso.
Carlos Alves elogiou o bom relacionamento da Câmara com a Junta, que se reflete em benefícios para a freguesia, como destacou, e deixou desafios de amplitude. Desde logo, e após todos termos assistido a uma catástrofe em matéria de incêndios florestais, o autarca pediu à Câmara que lidere a organização de uma frente florestal, com as Juntas de Freguesia, baldios e particulares; que possa executar um trabalho de prevenção e desenvolvimento, à semelhança, por exemplo, do que está a ser realizado em Riba de Âncora, com sucesso reconhecido.
O autarca referiu-se ainda ao CA Vilar de Mouros, que tem continuidade assegurada, com datas já fixadas para o próximo ano, um festival que, sublinhou, se afirma a cada edição, com os festivaleiros a elogiarem não apenas a música, mas também a hospitalidade e a beleza natural, caraterísticas que consolidam e distinguem o festival.
E o próximo passo que Carlos Alves gostaria de ver cumprido é a construção de um museu do festival, que concentre todo o espólio disperso, referindo que a Junta até já tem o edifício. Carlos Alves pediu ainda o empenhamento da Câmara no projeto de reconhecimento e valorização do Caminho de Nossa Senhora do Norte até Santiago de Compostela, um itinerário medieval com cerca de 200 quilómetros, que atravessa o Norte de Portugal e a Galiza. Tem início em Portugal, na igreja de São Pedro de Rates, concelho da Póvoa de Varzim, atravessando os concelhos de Barcelos, Viana do Castelo, Caminha e Vila Nova Cerveira e, na Galiza, passa por Tomiño, Gondomar, Vigo e Redondela.