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Socorro e pré-emergência hospitalar INEM ameaçados

Germano Amorim, Presidente da Federação dos Bombeiros de Viana do
Castelo, propõe com caráter de urgência a formação de Equipas de Intervenção na área de Pré-Emergência Hospitalar para solucionar os graves problemas atualmente existentes no distrito de Viana do Castelo, no que respeita ao transporte de pessoas em situação de emergência pré hospitalar.

Em declarações à Comunicação Social, o Presidente de Federação afirmou que,
“O INEM, os Municípios e acima de tudo os cidadãos, têm de ter a noção exata que
atualmente está objetivamente em perigo o socorro e a emergência pré-hospitalar, podendo assim estar em causa a saúde e a vida de muitas pessoas. Além do mais, não dispomos também do número de ambulâncias necessárias para cumprimento deste desígnio. É assim obrigação do estado olhar frontalmente para esse problema e apoiar a criação destas equipas que funcionariam em modos semelhantes às atuais equipas de intervenção permanentes (EIP) na área da proteção civil isto, com a fundamental ressalva de que estaria “a priori” garantindo o seu funcionamento em turnos a garantir serviço por 24h e não como absurdamente, refira-se, se verifica atualmente para as EIP, em que apenas está estipulado contratualmente o seu funcionamento, em períodos de horas e dias úteis. Um corpo de Bombeiros funciona 24h por dia, não se entendendo nem aceitando por isso qualquer solução que não passe pela garantia do serviço nestes moldes, sob pena de estarmos a fazer perigar, ou, mesmo colocar em risco a vida de pessoas.”

Germano Amorim refere ainda que “este problema se deve essencialmente à
baixíssima taxa de disponibilidade de bombeiros voluntários para o exercício desta
missão”, fazendo recordar “que somos o distrito a nível nacional que tem as mais baixas taxas de voluntariado registadas, ao que se deve à pouco atrativa carreira nesta área bem como à baixa disponibilidade financeira das associações humanitárias para arcarem com todas as despesas inerentes a estes serviços.”

Refere ainda que “os atuais constrangimentos financeiros que as associações
vivem não permitem encontrar soluções internas adequadas à solução desse problema que afeta toda a população. Além do mais, essa incumbência cabe em primeiro lugar ao Estado, pelo INEM, sabendo contudo que somos nós, bombeiros, a dar cumprimento a mais de 90% dos serviços efetuados em todo território.

Ao que se acrescenta o absurdo preço dos combustíveis, os elevados custos de manutenção de frota, bem como a crescente dificuldade de aquisição de novas viaturas e que não permite de forma responsável, continuar a escamotear este gravíssimo problema social que a todos afeta e a que o estado obrigatoriamente tem de apoiar na execução destas medidas “acabando com a política da avestruz”. Nomeadamente com o apoio à contratação e pagamento de salários em regime profissional aos bombeiros que tem a formação adequada para o desempenho dessa Missão, neste novo regime proposto pelo Presidente da Federação.