Guilherme Lagido, vice-presidente da Câmara de Caminha entre 2013 e 2021, morreu na terça-feira, em Vila Praia de Âncora, aos 68 anos, informou hoje aquela autarquia do distrito de Viana do Castelo.
Em comunicado enviado às redações, a Câmara de Caminha, no distrito de Viana do Castelo, expressou o seu pesar e endereçou à família e amigos sentidas condolências.
O presidente da Câmara, Miguel Alves, destacou a “marca de ética no trabalho e de dedicação à causa pública” deixada por Guilherme Lagido.
“O Guilherme deixa em mim uma marca de ética no trabalho e dedicação à causa pública que é rara nos dias de hoje. Trabalhámos, lado a lado, durante oito anos, ganhando muitas batalhas para o concelho de Caminha e [para] a sua população.
Ensinou-me muito e sou melhor pessoa e melhor político por ter partilhado com ele a honra de servir o concelho de Caminha”, afirmou o socialista Miguel Alves.
O autarca adiantou que “a maior homenagem” que se pode prestar a Guilherme Lagido “é honrar o compromisso com o futuro que marcou a sua atividade cívica e profissional”.
“Não imagino a dor da sua mulher, das suas filhas, dos seus genros e da sua neta, mas não posso deixar de lhes transmitir as minhas sentidas condolências. Perdemos um dos homens bons da nossa terra”, sublinhou Miguel Alves.
Natural de Vila Praia de Âncora, onde nasceu a 15 de julho de 1953, Guilherme Lagido licenciou-se em Economia no Instituto Superior de Economia (ISE) da Universidade Técnica de Lisboa (UTL) em 1976, tendo realizado diversas formações e especializações ao longo da vida.
Antigo diretor do Parque Nacional da Peneda Gerês (PNPG), Guilherme Lagido coordenou o projeto “Da Serra d’Arga à Foz do Âncora”, que sustenta a classificação daquele território como Área de Paisagem Protegida de âmbito regional.
Na sua atividade docente destacam-se, entre outras instituições de ensino, o Instituto Superior de Economia da Universidade Técnica de Lisboa (UTL), a Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho (UM) e a Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC).
A atividade profissional foi repartida por diversos organismos, entre eles o Instituto de Financiamento e Apoio ao Desenvolvimento da Agricultura e Pescas (IFADAP), de que foi diretor regional e administrador. Foi também diretor do Departamento de Gestão das áreas Classificadas do Norte do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), diretor na Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN) e vice-presidente da Câmara de Caminha a partir de outubro de 2013 e até julho de 2021, tendo renunciado ao mandato autárquico por não ser candidato nas eleições de setembro último.