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70 crianças do 3º e 4º ciclos sensibilizadas para dificuldades dos daltónicos

Ação promovida pela Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira e pelo Agrupamento de Escolas vai dar a conhecer o “alfabeto universal de cores” e desafiar os alunos a verem o mundo como um daltónico vê. Serão, ainda, realizados rastreios visuais e de daltonismo.

Com o objetivo de sensibilizar e até detetar eventuais casos de daltonismo em contexto escolar, a Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira e o Agrupamento de Escolas do concelho acolhem, no dia 21 de fevereiro, uma equipa do ColorADD que vai dinamizar junto dos cerca de 70 alunos, das turmas do 3º e 4º anos de escolaridade, uma ação prática alertando para as dificuldades subjacentes a esta alteração visual, informando da existência de uma ferramenta inovadora que ajuda a minimizar o impacto desta patologia no dia a dia.

Inédito e diversas vezes premiado por todo o mundo, nomeadamente com a Medalha de Ouro da Comemoração da Declaração Universal dos Direitos do Homem, o Código ColorADD, desenvolvido pelo designer português Miguel Neiva, consiste num “alfabeto universal de cores” representado por símbolos gráficos, permitindo a integração dos daltónicos em todas as atividades que exigem o reconhecimento da cor.

Além da vertente de sensibilização com a aplicação de exercícios práticos para dar a conhecer como um daltónico vive o seu dia a dia, a equipa do ColorADD estabelece parcerias com óticas locais e nacionais, de forma a que em cada sessão seja possível a realização de rastreios visuais e de daltonismo, quer permitam identificar casos de crianças daltónicas.

A ideia de Miguel Neiva de criar um sistema de identificação de cores para daltónicos nasceu quando partiu para a temática da sua tese de mestrado. Durante oito anos esteve em contacto com médicos e pessoas daltónicas para perceber as dificuldades e limitações que enfrentam, mas também para encontrar uma ferramenta inovadora que ajudasse a garantir uma comunicação acessível para todos.

Dois anos pós a defesa da tese, em 2010 nasce o projeto ColorADD, atualmente implementado em vários cantos do mundo, nas mais diversas áreas da Educação, Atividade Económica, Cultura, Mobilidade, Modernização Administrativa, Ambiente e a própria Comunicação.

Estima-se que, em todo o mundo, existam 350 milhões de pessoas com esta limitação que impede a correta identificação das cores.