Andreia FerreiraDocumentários cinematográficos, produzidos em qualquer país e com qualquer duração, que abordam os temas identidade, memória e fronteira já podem concorrer ao prémio Jean Loup Passek, integrado no Festival Internacional de Documentário de Melgaço (MDOC). As candidaturas decorrem até ao dia 19 de abril.
Os documentários selecionados serão exibidos durante o MDOC, que este ano vai decorrer de 2 a 8 de agosto, altura em que serão anunciados os vencedores. Os filmes submetidos serão analisados pelo júri que, nesta edição, vai ser constituído pelos realizadores Alessandro Negrini, Alfonso Palazón Meseguer, Julia Kushnarenko e Susana de Sousa Dias e pela professora e programadora Jane Pinheiro.
O vencedor na categoria de longa-metragem será premiado com três mil euros, a melhor curta-metragem receberá 1.500 euros e o melhor documentário português a concurso arrecadará o prémio nacional, no valor de mil euros.
Além do Prémio Jean Loup Passek, os filmes a concurso ficarão automaticamente candidatos ao Prémio D. Quixote, promovido pela Federação Internacional de Cineclubes e com júri próprio.
Nesta edição, pela primeira vez, o Prémio Jean Loup Passek abre também candidaturas para o melhor cartaz de cinema. A distinção será atribuída a um cartaz original criado para um filme documentário, de animação ou de ficção, de curta, média ou longa-metragem, com produção portuguesa ou galega. O concurso está aberto a designers e os cartazes devem promover filmes terminados depois de 1 de janeiro de 2018. A data limite para inscrição é dia 30 de abril.
A edição de 2020 do MDOC foi cancelada devido à pandemia de Covid-19 e todos os filmes que já tinham sido submetidos estão automaticamente inscritos, sendo considerados no processo de seleção da edição de 2021.
O Festival Internacional de Documentário de Melgaço (antes designado por Filmes do Homem – Festival Internacional de Documentário de Melgaço) é organizado pela Câmara Municipal de Melgaço em parceria com a AO NORTE – Associação de Produção e Animação Audiovisual desde 2014, e pretende “promover e divulgar o cinema etnográfico e social, refletir sobre identidade, memória e fronteira e contribuir para um arquivo audiovisual sobre o território”.
O nome do galardão homenageia o crítico francês Jean Loup Passek (1936-2016), responsável pela instalação no município do Museu de Cinema de Melgaço.
