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Câmara de Valença aprova orçamento de 19,5 milhões de euros para 2021

A Câmara de Valença aprovou o orçamento municipal para 2021 de 19,5 milhões de euros, inferior em cerca de 500 mil euros ao deste ano.

O presidente da autarquia disse à Lusa que o Plano de Atividades e Orçamento (PAO) da maioria social-democrata, constituída por cinco elementos, foi aprovado em reunião camarária com os votos contra dos dois vereadores do PS, e vai ser submetido à apreciação da Assembleia Municipal, na quinta-feira, às 09h15.

Manuel Lopes recordou que o valor do PAO de 2020 rondou os 20 milhões de euros.

O autarca disse tratar-se de “um documento ajustado à prevista redução de receita municipal, motivada pelos constrangimentos causados pela pandemia de Covid-19”. “É um orçamento feito à medida das receitas e não daquilo que gostaríamos que fosse. Por constrangimentos da Covid-19 e, mediante o que nos aconteceu este ano, em que as receitas foram diminuídas drasticamente, tivemos de fazer um orçamento ajustado para o próximo ano”, explicou Manuel Lopes.

Segundo o autarca, o documento apresenta “um incremento na ação social, no apoio social, nas freguesias” e inclui “uma fasquia muito grande, cerca de quatro milhões de euros, destinada ao pagamento dos vencimentos dos 290 funcionários municipais.

“Temos obras emblemáticas que temos para acabar em 2021, na escola secundária Muralhas do Minho, requalificação da avenida de Cristelo, do Campo da Feira e da rede viária que se encontra muito danificada. Não há fundos comunitários para recuperar a rede viária que está muito danificada. Não há fundos comunitários para a rede viária. Esse dinheiro terá de sair diretamente, na totalidade, do orçamento municipal”, adiantou.

Além do “reforço na ação social”, Manuel Lopes destacou ainda a “aposta na educação, com o aumento do valor e do número de bolsas de estudo a atribuir a estudantes universitários do concelho”.

“Mercê da crise que está a afetar as famílias do concelho, muitas delas estão privadas dos empregos. A ação social e a educação são os setores que mais me preocupam”, disse.

Contactada pela Lusa, Anabela Rodrigues, explicou que na reunião que aprovou o PAO foi substituída por Dora Guterres, tal como a outra vereadora socialista Lígia Pereira, rendida por Pedro Lima.

O PS justificou a rejeição do PAO por “não ir ao encontro das necessidades provocadas pela pandemia de Covid-19”.

“O investimento na área social é claramente insuficiente para os tempos que vivemos. Não se vê qualquer estratégia de apoio ao investimento, nem ao nosso comércio, nem ao turismo. O valor atribuído a cada freguesia também é insuficiente para fazer face às novas necessidades. Prevê-se sim, um incremento de investimento na rede viária, o que já era de esperar, por se tratar de ano de eleições”, sustenta a declaração de voto socialista, esta segunda-feira transmitida à Lusa por Anabela Rodrigues, que é também deputada do PS eleita pelo distrito de Viana do Castelo.

Notícia atualizada às 19h06