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Realizada limpeza de 130 hectares de rede primária e 30 quilómetros de rede viária florestal

A Câmara de Vila Nova de Cerveira e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) procederam, ao longo do primeiro semestre de 2020, à limpeza de 130 hectares de rede primária e 30 quilómetros de rede viária florestal.

Em comunicado, o município adianta que os trabalhos realizados, no âmbito de “uma parceria em prol da proteção e defesa da floresta contra incêndios”, consistiram na limpeza e no alargamento de 30 quilómetros da rede viária florestal, assim como na colocação de 160 metros de travessia de águas.

“Fruto ainda de uma candidatura submetida pelo ICNF a fundos comunitários foi ainda possível avançar com a instalação de 130 hectares de rede primária em Vila Nova de Cerveira, contemplando a União de Freguesias de Candemil e Gondar, a União de Freguesias de Vila Nova de Cerveira e Lovelhe, e as freguesias de Covas, Loivo e Sopo”, refere a autarquia.

Na nota enviada à imprensa, o presidente da Câmara de Vila Nova de Cerveira, Fernando Nogueira, manifestou a sua preocupação com a “perda de um meio aéreo de combate a incêndios na região do Alto Minho”, “apesar de concretizadas todas estas ações no terreno, e de os particulares, de uma forma geral, também darem cumprimento à legislação”.

O autarca alertou que “o concelho cerveirense poderá ficar duplamente prejudicado pois, em caso de ocorrências graves em simultâneo, o destacamento com caráter extraordinário de um meio aéreo oriundo de outro distrito não tem a mesma primeira intervenção por razões de autonomia e tempo de operacionalidade do aparelho”.

Em 2018, o concelho de Vila Nova de Cerveira integrava a lista dos 20 concelhos com maior risco de incêndios pelas condições naturais e especificidades da orografia.

Fernando Nogueira assegura que, “apesar de todos os esforços de limpeza encetados, o risco não tem diminuído, antes pelo contrário, tem aumentado porque o combustível acumula de ano para ano, e com um inverno e primavera muito chuvosos, vai dar origem a uma maior quantidade de manta morta, potenciando a perigosidade do risco de ocorrência de incêndios”.