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Melgaço condena “falta de informação objetiva” de infetados nos municípios

O presidente da Câmara de Melgaço condenou hoje a “falta de informação objetiva” sobre os casos de covid-19 no distrito de Viana do Castelo, dados que classificou como “fundamentais” para o trabalho das autarquias e “tranquilização” das populações.

“Tenho afirmado, desde o início, que há falta de informação. Não sei qual a razão, porventura até por incapacidade operacional da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) ou da Direção-Geral da Saúde (DGS), não sei exatamente de quem”, afirmou hoje Manoel Batista.

Defendeu ainda que “já deveriam ter sido criadas condições para que esta informação chegasse como deveria chegar aos municípios”.

Não temos recebido o que seria desejável. Tal como a nível nacional, todos os dias se faz uma conferência de imprensa dando nota de todos os casos, com critérios e itens muito concretos, essa informação deveria ser desagregada e deveria ser dada também para o distrito e para cada município. Não tem chegado essa informação. Tem-se melhorado alguma informação, mas continua a ser pouco agregada, pouco objetiva para que possamos ter aqui um instrumento fundamental, com dados concretos“, reforçou.

Segundo Manoel Batista, “o número de casos positivos no município que ainda hoje chegou da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) diz que há 13 pessoas infetadas” com o novo coronavírus, mas “a informação fidedigna” que a autarquia “vai tratando, todos os dias, diz que existem 18 casos” de covid-19.

“A informação objetiva, respeitando os direitos à privacidade de cada pessoa, é fundamental para planearmos o trabalho, para que as pessoas tenham a noção exata do que está a acontecer. É fundamental para que haja um cenário de desdramatização social”, apontou.

Para o autarca, “é importante que as pessoas saibam exatamente que número de infetados existe no seu município e em cada uma das freguesias“, considerando que essa informação contribui para “a tranquilização das pessoas e para que percebam a dimensão real e de que é preciso continuar a acautelar“.