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BE questiona Governo sobre construção de rotunda no cruzamento de São Pedro

O Bloco de Esquerda questionou o Ministério das Infraestruturas sobre a construção de uma rotunda no cruzamento de São Pedro, em Monção, “reivindicada há muito tempo” para reduzir a sinistralidade naquela zona.

Em causa está a pretensão, reclamada há vários anos pela Câmara de Monção junto da extinta Estradas de Portugal, agora Infraestruturas de Portugal (IP), de transformação do cruzamento de São Pedro, na Estrada Nacional 202 (EN 202), numa rotunda. Trata-se de uma zona de reta que se apresenta em plano inclinado e com pouca visibilidade para quem tenta aceder à estrada nacional.

Em comunicado hoje enviado à imprensa, o Bloco de Esquerda adianta querer saber se o Ministério tutelado por Pedro Nuno Santos “tem conhecimento da situação e se, tendo em conta os apelos da população e de autarcas, pretende, através da IP, responder a esta reivindicação”.

“Para quando tem previsto o Governo a resolução do problema de sinistralidade rodoviária no cruzamento de São Pedro, em Monção, através da construção de uma rotunda?”, questiona a deputada Isabel Pires na pergunta enviada ao Ministério das Infraestruturas e Habitação.

O partido explica ter recebido “inúmeras queixas sobre a perigosidade do cruzamento, resultando em muitos acidentes com feridos e até vítimas mortais”. 

“A estrada nacional é principal via de ligação entre os concelhos de Melgaço, Monção e Valença, com um fluxo de trânsito considerável. A segurança rodoviária deve ser uma propriedade para as Infraestruturas de Portugal, para que haja uma diminuição da sinistralidade”, acrescenta o BE.

Em março de 2013, o ex-presidente da Câmara de Monção, José Emílio Moreira, chegou a ameaçar liderar um corte da EN 202 caso ocorresse algum acidente mortal naquele local.

“Infelizmente, parece que só desta forma é que se resolvem as coisas em Lisboa”, afirmou, na altura, o ex-autarca socialista.

Na resposta à ameaça do autarca, a Estradas de Portugal (EP) admitiu reformular o cruzamento. “Apesar de este local registar um reduzido índice de sinistralidade, não deixa de merecer a atenção desta empresa, que tem prevista, no Plano de Proximidade, a reformulação da intersecção, visando a melhoria da fluidez do tráfego e de segurança de circulação no local”, explicou, na ocasião, a EP, em comunicado enviado à agência Lusa, mas sem adiantar datas para a concretização desta alteração.

O BE refere agora que “até hoje ainda não se verificaram avanços ou informações por parte da entidade responsável”.

“A sinistralidade rodoviária em Portugal tem, em especial nos últimos dois anos, sofrido um ligeiro crescimento, pelo que medidas de infraestruturas que potenciam a segurança rodoviária devem ser tidas em consideração”, sustenta o partido.