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Presidente de Paredes de Coura não usou “poderes mágicos” para ter pleno na câmara

 

O Presidente da Câmara Municipal de Paredes de Coura disse que não foram precisos “poderes mágicos” para conseguir o pleno no executivo e apontou a criação de emprego como o “trunfo eleitoral” que deu ao PS a maioria absoluta.

“Não utilizámos poderes mágicos nem somos super heróis. As pessoas sentem que as coisas estão a mudar bem, de forma progressiva e com paciência”, afirmou à Lusa Vítor Paulo Pereira.

De acordo com os dados da Direção-Geral de Administração Interna (DGAI), em Paredes de Coura a candidatura do PS alcançou 76,58% dos votos garantindo os cinco mandatos do executivo municipal. O PSD conseguiu 14,43% e a CDU 4,68%.

Para o autarca de 48 anos, que falava após a tomada de posse no segundo mandato autárquico, o resultado “histórico” alcançado a 01 de outubro “não deu um prazer especial”.

“É um resultado histórico, mas também não muda as nossas vidas. Não passa de uma vitória do tamanho da nossa humildade e simplicidade”, defendeu o autarca de Paredes de Coura, concelho onde o PS lidera a Câmara há 24 anos consecutivos.

Vítor Paulo Pereira disse ter a “consciência” que terá de “criar mecanismos e instrumentos para aumentar a participação cívica” para garantir “uma governação dinâmica e em comunicação com os cidadãos”.

“Teremos que fazer mais apresentações públicas, chamar mais as pessoas à câmara para participarem nos projetos e na governação. Estamos à vontade para fazer isso. Já o fizemos quando tínhamos maioria e, agora, que é uma maioria mais do que absoluta, continuamos a ser os mesmos e continuamos a ter consciência de que estamos aqui para governar e fazer democracia”, destacou.

A criação de emprego foi, segundo Vítor Paulo Pereira, uma das razões que ajudam a explicar a maioria absoluta nas eleições e 01 de outubro.

“Fizemos uma governação até bastante arrojada e aberta para o mundo. Acho que também é uma vitória do emprego, em que o emprego aparece antes da ação social. Não quer isto dizer que a câmara não tenha uma governação inclusiva (…). O emprego foi um dos méritos da nossa governação e um dos objetivos que nós atingimos, que as pessoas compreenderam, conseguimos fixar gente no território”, sustentou.

Adiantou que os eleitores também “premiaram” a Câmara de Paredes de Coura por “compreender o mundo, por compreender que o tempo muda muito rápido e por tentar construir um modelo alternativo de desenvolvimento”.

“Por não irmos por caminhos comuns, por arriscarmos, por não nos lamentarmos de Lisboa mas tentarmos criar uma nova centralidade. De fazer as coisas bem e, também, de comunicar bem. Uma coisa que as pessoas notaram e que acabou por se espelhar nas urnas é um novo orgulho pela terra”, referiu.

Vítor Paulo Pereira acrescentou que essa “autoestima” se sente “nas redes sociais” através “das pessoas que estão longe e dos emigrantes”.

“Criou-se uma afetividade à volta de Paredes de Coura que também é consequência da forma ousada, carinhosa e simples como governamos e nos aproximamos das pessoas”.

A par do emprego, Vítor Paulo Pereira disse que a “forte aposta” nas áreas da educação e da cultura contribuiu para os resultados eleitorais, referindo que a estratégia vai continuar nos próximos quatro anos

“O único compromisso é trabalho. Quem trabalha erra muito e acerta muito. Temos consciência que esta confiança que foi renovada é mais exigente. Nós com humildade e com trabalho vamos corresponder às expectativas”, frisou.

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