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Valença cria rota para valorizar gravuras rupestres descobertas no concelho

Em Valença foram descobertos 115 afloramentos rochosos com gravuras e alguns deles vão poder ser visitados no âmbito de uma rota que o município quer criar para valorizar a existência de arte rupestre no concelho.

A Câmara de Valença anunciou que vai implementar, até ao final do ano, em parceria com a Ventominho, um circuito interpretativo e didático de visitação e interpretação das gravuras identificadas no Monte dos Fortes, na freguesia de Taião, num investimento de 100 mil euros.

Fonte autárquica, hoje contactada pela agência Lusa, explicou que o investimento a realizar até final do ano resultou de uma candidatura, já aprovada, ao PRODER – Programa de Desenvolvimento Rural.

Segundo a autarquia, “esta é a oportunidade para dar a conhecer este importante legado, tornando-o visitável a todo o público, nomeadamente o escolar, reforçando a oferta de turismo cultural e patrimonial do concelho”.

Em comunicado, o município adianta ainda que, segundo especialistas da Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, o concelho detém “um dos maiores núcleos da arte rupestre no Noroeste Peninsular”.

Os 115 afloramentos rochosos com gravuras estendem-se pelas freguesias de Verdoejo (23), Taião (15), Sanfins (17), Ganfei (24) e Gandra (37).

“Neste conjunto estão incluídas algumas das mais belas e importantes composições da Arte Rupestre Atlântica, as quais foram classificadas como Imóvel de Interesse Público (IIP)”,  lê-se na nota enviada à imprensa, que acrescenta que “algumas das gravuras remontam à Idade do Bronze – Ferro (1800 a.C. – 218 a.C.)”.

As gravuras descobertas foram “identificadas, catalogadas, fotografadas e decalcadas pelo Serviço Municipal de Arqueologia, no âmbito da Carta Arqueológica Municipal, em parceria com a Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho”.

Valença, juntamente com a Fundação Côa Parque e outras câmaras municipais, é uma das entidades que integra a Rede Nacional de Arte Pré-Histórica, que tem por missão promover, valorizar e capacitar os recursos patrimoniais e humanos das entidades integradas na Rede, potenciar o impacto e a missão dos sítios detentores de arte pré-histórica, instituir mecanismos de partilha de recursos físicos e humanos, criar canais de comunicação apropriados ao desenvolvimento de projetos colaborativos, promover a cooperação com redes internacionais congéneres, entre outros.

Notícia atualizada às 14h18