As obras de construção do novo mercado de Viana do Castelo, no local do antigo prédio Coutinho, vão começar no dia 29, anunciou no domingo o presidente da Câmara, Luís Nobre (PS).
O autarca socialista falava durante o debate da RTP 3 que juntou os sete candidatos à Câmara Municipal Viana do Castelo nas eleições autárquicas de 12 de outubro.
“Esperámos 15 anos pela desconstrução do edifício Jardim (Prédio Coutinho). O projeto atual e revisto foi-me entregue no início do mandato”, sublinhou Luís Nobre, adiantando que “depois de dois concursos que fecharam desertos”, ao terceiro recebeu o visto do Tribunal de Contas, “cumprindo toda a legalidade”.
A empreitada para a construção do novo mercado foi avaliada em 13,376 milhões de euros.
Durante o debate, o jornalista da RTP3 confrontou o candidato da coligação PSD/CDS-PP, Paulo de Morais, com as promessas ligadas ao combate à transparência e a implementação de um “mecanismo de controlo e combate à corrupção, compadrio e aos favores no urbanismo”, objetivos que prometeu na sua apresentação de candidatura.
“Corrupção é uma palavra definida internacionalmente como delegação de benefício particular. De facto, em Viana do Castelo, há um conjunto de operações urbanísticas que se fazem porque a Câmara decide suspender o PDM (Plano Diretor Municipal). Se isto é crime ou não é uma questão para os tribunais e não para mim”, disse Paulo de Morais.
Por seu lado, o autarca socialista disse que Viana do Castelo é “uma referência da transparência administrativa”.
“Não se pode confundir a floresta com a árvore. Eu tenho para mim que todo o executivo, eu próprio, os funcionários do município e todos os vianenses são pessoas sérias. Durante 20 anos no urbanismo nunca tive prateleiras e armários”, referiu.
Paulo de Morais referiu que “em Viana do Castelo todos sabem que para conseguir um licenciamento para o que for é uma grande saga”.
“Tirando as pessoas que tenham alguma influência sobre o poder socialista, ou que têm arquitetos amigos, ou algum promotor que tem influência na Câmara não conseguem aprovar nada”, acusou.
Eduardo Teixeira, do Chega, quer uma auditoria independente às contas do executivo municipal por entender que a “câmara tem tido um desempenho crescente e está no limiar do endividamento possível”, afirmando desconhecer o real endividamento do município.
O candidato da Iniciativa Liberal, Duarte Brito Antunes perguntou ao candidato do PS o que queria dizer com a frase: “Não se deve confundir a árvore com a floresta”.
Luís Nobre disse que, “quando aconteceu publicamente uma denúncia à arvore, ela foi participada em abril ao Ministério Público”.
No debate, os candidatos do PSD/CDS, IL, CDU, BE, Chega e ADN a Viana do Castelo criticaram as opções dos socialistas em termos de habitação e mobilidade, bem como a demora na atualização do Plano Diretor Municipal (PDM).









