O Festival Folk Celta regressa a Ponte da Barca para celebrar a sua 18.ª edição, numa proposta que une música folk contemporânea, identidade atlântica e expressão cultural de raiz popular. O evento, de entrada gratuita, decorre entre os dias 25 e 27 de julho de 2025, e promete transformar Ponte da Barca num verdadeiro palco de celebração ao ar livre, junto ao rio Lima e em vários espaços do centro histórico.
A programação arranca a 25 de julho, pelas 18h00, com a abertura oficial da Feira Celta, que se estenderá por três dias. Este espaço de recriação celta e mercado artesanal contará com dezenas de expositores de produtos manufaturados— como cerveja artesanal, licores, vinho, queijo, enchidos, sabonetes, têxteis e artesanato local — e com uma zona de restauração ativa ao longo de todo o evento. O ambiente será animado por música e dança tradicional, workshops de dança e espetáculos com fogo, trazendo vida às ruas da vila.
A primeira noite de concertos começa com Zé Zé Fernandes, cantautor natural de Ponte da Barca, que apresenta a solo o seu espetáculo “Coisas Simples”, um tributo ao quotidiano, às gentes e à poesia das paisagens do Alto Minho. Segue-se o universo dream folk de emmy Curl, com o seu mais recente disco “Pastoral” (2024), onde explora as ligações entre o feminino, a natureza e a espiritualidade com uma sonoridade etérea e envolvente.
A noite encerra com um dos momentos mais aguardados desta edição: o concerto de A Garota Não, que vem apresentar o novo álbum “Ferry Gold” (2025). Reconhecida pela força das suas palavras e pela presença marcante em palco, a artista traz consigo um repertório de intervenção e consciência social, marcado pelo sucesso anterior “2 de Abril”. Para este espetáculo, junta-se-lhe o grupo local Cantadeiras de São Martinho de Crasto, numa colaboração especial que une gerações e territórios.
A segunda noite arranca com Mosquera Celtic Band, projeto liderado pelo galego Fernando Mosquera, que funde tradições musicais celtas com influências da música medieval, renascentista e árabe, num espetáculo vibrante e técnico. Segue-se Ana Lua Caiano, uma das vozes emergentes mais inovadoras da cena nacional, com o álbum “Vou Ficar Neste Quadrado” (2024), onde funde tradição oral portuguesa com electrónica experimental num espetáculo fora de comum.
O encerramento fica a cargo de Óscar Ibáñez & Tribo, grupo galego de excelência na música celta contemporânea, que apresenta o seu mais recente trabalho ao lado de dois convidados muito especiais: Daniel Pereira Cristo, reconhecido multi-instrumentista português, e os Gaiteiros de Bravães, representantes da tradição musical de Ponte da Barca. Um concerto que simboliza o diálogo musical entre Portugal e Galiza, com raízes profundas e sonoridades poderosas.
A Feira Celta continua durante todo o domingo, dia 27 de julho, encerrando ao final da tarde. Entre as bancas de produtos locais e o ambiente animado, este último dia convida à visita descontraída e à descoberta de sabores, ofícios e tradições numa envolvente natural única.










