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Ventura promete equiparar subsídio de risco de todas as forças de segurança ao da PJ

O presidente do Chega prometeu hoje equiparar o subsídio de risco de todas as forças de segurança ao da Polícia Judiciária, dizendo que “nenhuma maioria de direita existirá” sem que esta seja a primeira medida a tomar.

“Nenhuma maioria de direita subsistirá, nenhuma maioria de direita existirá sem que a sua primeira medida seja restabelecer a equiparação de suplementos a todas as forças de segurança, a todas”, afirmou.

Esta garantia foi deixada por André Ventura na primeira vez que discursou na VI Convenção Nacional do Chega, que decorre até domingo em Viana do Castelo, para apresentação da moção com a qual se recandidata à liderança do partido, sem oposição.

“Decidi apresentar a este congresso uma nova candidatura, porque entendo que esse trabalho não está concluído na dignificação que temos de fazer de Portugal”, indicou, afirmando que o “exemplo maior” reside nas forças de segurança, que estão em protesto há vários dias.

O líder do Chega considerou que os agentes “não pedem nada de extraordinário” e “dão a vida pela segurança” dos portugueses, mas “não têm nenhum reconhecimento do Estado e sentem as suas vidas cada vez mais em perigo”.

“Em muitos distritos, mais vale trabalhar numa caixa de supermercado do que vestir a farda”, defendeu.

Num discurso de mais de 40 minutos, na primeira vez que se dirigiu à reunião que arrancou na sexta-feira André Ventura voltou também a prometer que até 2030 “não há nenhum idoso com pensões abaixo do salário mínimo”.

“Nem que fosse preciso fazer o impossível, vamos dar aos idosos essa dignidade”, declarou, defendendo que não podem existir idosos com “pensões de 200 e 300 euros”.

O líder do Chega admitiu que, para implementar esta medida, será necessário fazer um “esforço orçamental” e “cortar em muito lado”, mas recusou que os pensionistas sejam tratados “como se fossem sub-humanos”.

Quanto às próximas legislativas, o deputado voltou a estabelecer o objetivo de vencer as eleições de 10 de março e anunciou, perante a convenção, o que já tinha dito aos jornalistas nos últimos dias, que Rita Matias será a mandatária nacional.

André Ventura, que fundou o Chega e lidera o partido desde a fundação, em 2019, salientou que se recandidata para mais um mandato de três anos porque o seu trabalho “não estava concluído” e “havia trabalho e uma missão” para terminar, a de chegar ao governo.

Ventura destacou o crescimento do partido nos últimos anos, que passou de um deputado à Assembleia da República em 2019 para 12 em 2022.

Em ano de eleições regionais nos Açores, disse que “só por causa do Chega” foi possível acabar com “25 anos de socialismo” a governar a região.

A VI Convenção Nacional do Chega, que decorre até domingo no Centro Cultural de Viana do Castelo, foi marca na sequência de o Tribunal Constitucional ter declarado inválida a convocatória da última reunião magna, que decorreu em Santarém há um ano.