Altominho.tv

Câmara de Ponte da Barca reforça execução orçamental para 63,8% em 2021

A Câmara de Ponte da Barca aprovou o relatório e contas de 2021, que “reforça a taxa de execução para 63,8%”, e o PS, que votou contra, acusou hoje a maioria PSD de “tentar dourar a pílula”.

“Os resultados bastante positivos alcançados pelo município refletem o rigor forte na gestão das contas municipais, assim como a forte dinâmica resultante de uma cada vez mais coesa parceria com os múltiplos agentes do desenvolvimento do concelho, das mais diversas áreas da sociedade, e de forte cooperação com os presidentes de Junta de Freguesia do nosso concelho”, afirma o presidente da Câmara, Augusto Marinho, citado numa nota publicada no sítio oficial da autarquia na Internet.

No documento, hoje consultado pela agência Lusa, o executivo municipal, de maioria PSD, destaca que em 2021, “ano ainda fortemente marcado pelas restrições resultantes da pandemia covid-19, o município “manteve a pronta resposta aos munícipes para atenuar os danos causados por esta doença, continuando a apoiar as instituições particulares de solidariedade social, forças de segurança, movimentos associativos, tecido empresarial e o comércio do concelho”.

Conseguiu ainda “cumprir na íntegra os limites do endividamento legalmente estabelecido” e “a redução do prazo médio de pagamento aos fornecedores é um outro indicador da boa saúde financeira do município que se fixou, em 2021, em 69 dias”.

A autarquia, “evidencia ainda o considerável aumento da execução dos investimentos plurianuais que, em 2021, atingem os 44,8% num montante global de 3.286.069,74 euros e que resulta dos investimentos levados a cabo pelo município em todo o território”.

Já os três vereadores do PS, Pedro Sousa Lobo, Irene Dantas e Fernanda Marques da Costa, sustentam, em comunicado hoje enviado à Lusa, que as taxas de execução da receita, de 63,8%, e da despesa de 64,7%, com que o executivo PSD se “vangloria”, são “pura demagogia” por serem taxas “muito baixas, embora comparativamente melhores às taxas de 57,5% e 56,5%, respetivamente, de 2019 e 2020”.

“Com este executivo do PSD há sempre um mas. Em 2017, tivemos uma execução a rondar os 67% e em 2018 a rondar os 68%. Por mais que este executivo tente dourar a pílula os números não mentem e demonstram que o executivo do PSD continua a não ser de boas contas”, refere a nota.

Os três vereadores do PS também justificam a rejeição do documento por vir “acompanhado por um relatório, emitido pelos Revisores Oficiais de Contas, cujo parecer coloca reservas, designadamente sobre a quantificação dos ativos e consequente impacto nos fundos próprios da autarquia”.