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Vacinação

União Europeia pretende alterar campanhas de vacinação para alcançar 70% no final do verão

Os países da União Europeia vão alterar as campanhas de vacinação para alcançarem o objetivo comunitário de imunizar 70% dos europeus no final do verão, defendeu este domingo o presidente do Parlamento Europeu.

A União Europeia (UE) estima que dentro de duas a três semanas” “tudo vai funcionar normalmente” na produção e distribuição de vacinas contra a covid-19 nos estados-membros, segundo a comissária da Coesão e Reformas, Elisa Ferreira.

A nossa expetativa é que dentro de duas, três semanas, tudo vá funcionar normalmente com os níveis de produção e de distribuição muito mais fortes do que até agora“, sublinhou a comissária portuguesa em entrevista à agência noticiosa espanhola Efe.

Elisa Ferreira acredita que à medida que se alcance a “velocidade de cruzeiro” os países terão de concentrar-se na “capacidade” de administrar as vacinas à população, porque irão “chegar, chegar e chegar”.

“As empresas farmacêuticas devem ser severamente sancionadas se violaram contratos ou cometeram fraudes, mas  os planos nacionais devem acelerar-se. A UE tem o objetivo de vacinar 70% dos europeus até ao final do verão, o que significa 225 milhões de cidadãos. Até agora, foram vacinados 10%, o que equivale a 25 milhões”, afirma David Sassoli em entrevista publicada este sábado pelo diário italiano “Il Messaggero”.

O responsável europeu questiona: “Por exemplo, por que não vacinar os idosos e vulneráveis durante o dia e os jovens e saudáveis à noite? O que o impede? Os governos devem apressar-se. Neste momento, foram entregues 51 milhões de doses na União Europeia e foram administradas 29 milhões”.

Apesar dessa crítica, a comissária europeia Elisa Ferreira, rejeita a ideia de que a UE esteja muito atrasada na campanha de vacinação relativamente a outros países, como os Estados Unidos, o Reino Unido ou Israel, que vão na liderança mundial.

As vacinas que estão aceites na Europa “passam por um procedimento muito cuidadoso, muito detalhado de verificação, de teste e de confirmação da segurança da vacina”, recordou Elisa Ferreira.

Até ao momento, a EMA deu luz verde a três vacinas para a covid-19: a da Pfizer/BioNTech (também conhecida como Comirnaty), a 21 de dezembro, a da Moderna, a 06 de janeiro, e da AstraZeneca, em 29 de janeiro.

As três oferecem proteção contra as variantes que circulam atualmente na UE.