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Vila Nova de Cerveira pede voluntários para combater surto em lar

A Câmara e a Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Cerveira estão a pedir voluntários para ajudar a combater um surto de Covid-19 que infetou os 66 idosos do lar Maria Luísa.

Em comunicado conjunto, as duas instituições referem que “têm procurado encontrar pessoas voluntárias para prestar o necessário e devido serviço de apoio aos utentes, numa primeira fase recorrendo a meios e contactos próprios e, nesta fase, lançando um apelo público aos familiares dos utentes e a pessoas da comunidade em geral para prestar serviço de voluntariado”.

O apelo ao voluntariado transfronteiriço foi também acionado através da Eurocidade Cerveira-Tomiño (Galiza), na sequência de uma reunião de “emergência da comissão municipal de proteção civil, perante a situação de calamidade de saúde pública que se vive no lar Maria Luísa”.

A autarquia e a Misericórdia adiantam ter contactado “o Instituto de Emprego Formação Profissional do Alto Minho e o Centro de Emprego da Junta da Galiza para recrutar pessoas dentro da área para desempenhar funções, estando a aguardar resposta”.

“À data de hoje, há quatro mortes a lamentar, sendo que a totalidade dos 66 utentes da instituição estão infetados”, descrevem.

No que diz respeito aos colaboradores, “de um total de 52, 10 estão de baixa média prolongada sem previsão de regresso, 32 estão infetados e, consequentemente, em isolamento profilático, estando apenas 10 neste momento ao ativo para garantir o funcionamento da instituição 24 horas por dia”, destaca a nota.

A falta de recursos humanos foi um dos temas discutidos esta terça-feira na reunião da comissão municipal de proteção civil, a segunda realizada em quatro dias, devido à necessidade de uma “intervenção musculada de emergência”.

“Mediante a disponibilidade manifestada por alguns trabalhadores para regressar ao trabalho, mesmo estando positivos, mas assintomáticos, foi colocada à consideração da Saúde Pública e da ULSAM a autorização para estes puderem prestar o apoio aos utentes, tendo em conta que a taxa de infeção no lar é de 100%”, refere a nota.

O “primeiro caso de infeção foi detetado no dia 12, tendo sido ativado imediatamente o plano de contingência da instituição”.

Segundo a Câmara e a Santa Casa da Misericórdia, na sexta-feira “foram desencadeados todos os meios legais e logísticos ao dispor, nomeadamente a Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), a Delegação Distrital de Saúde, a Segurança Social distrital e a Direção-Geral da Saúde, solicitando um reforço de pessoal médico e auxiliar para dar resposta às necessidades prementes”.

“A resposta tem sido escassa, devido à falta de recursos humanos no concelho e no distrito, tendo a Segurança Social distrital ativado, até ao momento, as Brigadas de Apoio aos Lares criadas pelo Governo, através das quais foram destacados dois enfermeiros e cinco auxiliares de ação direta”, refere a nota.

A Câmara adiantou “estar a colaborar, logística e financeiramente, nomeadamente com a aquisição de todas as refeições no exterior, bem como a aquisição de material de desinfeção e equipamento de proteção individual”.