Os deputados do PSD eleitos pelo Alto Minho querem que a ministra da Saúde explique porque “não foram sanadas de vez as recorrentes avarias” do equipamento de TAC do Hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo.
Num requerimento enviado a Marta Temido, os deputados Jorge Mendes, Emília Cerqueira e Eduardo Teixeira querem saber “por que motivo a Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) não concretizou o Plano de Investimentos de 2019, onde estava previsto a aquisição de um novo TAC”.
A última avaria daquele equipamento ocorreu entre 30 de outubro e 02 de novembro.
“Os doentes necessitados deste serviço têm sido encaminhados, consoante a gravidade/urgência, para o hospital Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima (rede ULSAM), ou para unidades privadas, acompanhados por equipas clínicas do hospital de Santa Luzia, desfalcando os serviços de saúde desta unidade e acarretando custos desnecessários ao Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, lê-se no requerimento entregue na quinta-feira no parlamento e dirigido à ministra da Saúde.
Os três deputados do PSD querem saber qual “o valor dos encargos suportados pela ULSAM/SNS com a realização destes exames no setor privado, pela falta de reparação e ou substituição do equipamento no hospital de Viana do Castelo”.
“Dada a reiterada suborçamentação com que se tem confrontado a administração da ULSAM, resultado dos cortes e cativações impostas pelo Orçamento de Estado, como vai esta concretizar o Plano de Investimentos, em matéria de equipamentos, da requalificação das instalações, por exemplo da consulta externa, ou para contratar profissionais de saúde de que carece”, questionam os sociais-democratas.
Os parlamentares querem ainda saber “se o Ministério da Saúde vai, com urgência, repor a equidade orçamental, equiparando o financiamento da ULSAM, com base na capitação, às suas congéneres ou unidades hospitalares da região norte”.
A ULSAM integra os hospitais de Santa Luzia, em Viana do Castelo, e Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima, 13 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença, servindo uma população residente superior a 250 mil pessoas.
No total, a ULSAM emprega mais de 2.500 profissionais, entre eles, 501 médicos e 892 enfermeiros.