O vice-presidente da Misericórdia de Monção apontou a abertura do centro de diálise da instituição para o final do mês, após mais de um ano de impasse para a formalização do acordo com o Serviço Nacional de Saúde.
Em declarações à agência Lusa, a propósito da assinatura, hoje, entre a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N) e a empresa Clirenocare, do contrato de convénio plurianual, que vai permitir a abertura do espaço, Armindo da Ponte explicou que, “atualmente, os utentes têm de percorrer, ida e volta, cerca de 100 quilómetros para fazer os tratamentos”.
“Para os utentes de Monção, e do município de Melgaço, os centros mais próximos estão situados em Arcos de Valdevez, Ponte da Barca ou Viana do Castelo. Estavam a falar em viagens, de ida e volta, de cerca de 100 quilómetros”, especificou.
O responsável adiantou que o centro de hemodiálise, um investimento de 1,5 milhões de euros da Santa Casa da Misericórdia, com apoio da Câmara de Monção, está “concluído e licenciado há mais de um ano”.
O equipamento foi inaugurado em julho de 2018, numa cerimónia que contou com a presença do presidente da câmara local, António Barbosa.
Segundo Armindo da Ponte, o “contrato de convénio plurianual hoje celebrado está sujeito a visto do Tribunal de Contas”.
“A entrada em funcionamento do equipamento está apenas dependente desse procedimento. A empresa que vai prestar o serviço já tem os equipamentos instalados. Estimamos que a abertura possa ocorrer até final do mês”, referiu.
Numa nota enviada hoje à impressa, a ARS-N referiu que “a nova unidade de diálise vai dar resposta aos muitos doentes da área geográfica de Monção e concelhos vizinhos”.
“Esta nova unidade vai permitir um acesso mais facilitado para os doentes que necessitam de tratamentos regulares, garantindo cuidados de qualidade e evitando deslocações”, reforça.
Em maio, o deputado do PS eleito pelo Alto Minho José Manuel Carpinteira, informou ter questionado o Governo sobre o impasse na abertura do centro de diálise da Santa Casa da Misericórdia de Monção que se encontra “concluído e licenciado”.
Em setembro, também a deputada do PSD eleita pelo distrito de Viana do Castelo, Liliana Silva, alertou a ministra da Saúde, Marta Temido, para a “necessidade urgente” de abertura daquele centro.