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Viana do Castelo aprova louvor a embaixadora do combate às alterações climáticas

A Câmara de Viana do Castelo aprovou por unanimidade, a atribuição de um voto de louvor a Raquel Gaião Silva pela conquista do estatuto de embaixadora da juventude para o combate às alterações climáticas.

A atribuição daquela distinção foi proposta pelo presidente da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, durante a reunião camarária, e mereceu a aprovação dos restantes vereadores da oposição, PSD e CDU.

Raquel Gaião Silva, bióloga de 24 anos natural de Viana do Castelo, venceu o concurso “The Global Youth Video Competition” (Concurso Global de Vídeos da Juventude), organizado no âmbito da Cimeira do Clima da ONU.

O vídeo da jovem investigadora foi selecionado entre 400 candidatos de todo o mundo e obteve mais de 60 mil visualizações do público.

O trabalho será exibido na Cimeira do Clima, que se realiza dia 23, em Nova Iorque e na Conferência das Partes (COP25) em Dezembro, no Chile.

Em comunicado, na terça-feira, a organização não governamental portuguesa Ocean Alive explicou que ao vencer aquele concurso, Raquel Gaião Silva, conquistou o estatuto de Embaixadora da Juventude para as Alterações Climáticas e terá a oportunidade de ser Reporter da Juventude na COP25 onde irá apresentar o projeto que inspirou o vídeo.

O vídeo da bióloga portuguesa, que, em 2018, foi a primeira portuguesa a ganhar o prémio mundial Global Biodiversity Information Facility Young Researchers Award, com um trabalho sobre o impacto das alterações climáticas na distribuição de macroalgas na costa Atlântica da Península Ibérica, “foi selecionado entre 400 candidatos de todo o mundo e obteve já mais de 60 mil visualizações do público”.

Raquel Gaião Silva estudou biologia na Faculdade de Ciências na Faculdade do Porto. Em 2018 concluiu o mestrado internacional, feito na Universidade do Algarve e na Irlanda. Trabalha há um ano na Bluebio Alliance (BBA) uma associação portuguesa sem fins lucrativos, fundada em 2015, que representa todos os participantes dos biorrecursos marinhos e da cadeia de valor biotecnológica azul.

O projeto que inspirou o vídeo documenta o trabalho da Ocean Alive como “um exemplo da categoria do concurso da ONU Cidades e ação local no combate às alterações climáticas”.

O vídeo “retrata a importância das pradarias marinhas enquanto reguladoras das alterações climáticas”.

As “pradarias marinhas, desconhecidas do grande público, são constituídas por plantas aquáticas que formam uma floresta marinha que sequestram carbono a uma taxa 30 vezes superior ao das florestas terrestres”.

“São estas pradarias que tornam o estuário do Sado único em Portugal, pois como florestas que são, oferecem alimento, abrigo e local de reprodução para muitos organismos marinhos, como os cavalos-marinhos, raias e para as presas dos golfinhos que residem neste estuário. Se estas pradarias marinhas forem destruídas, o carbono por elas armazenado será libertado e uma grande biodiversidade marinha será perdida”, explica a nota da Ocean Alive.