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Canoísta de Ponte de Lima parte para a Hungria sem pressão e numa das melhores formas

O canoísta Fernando Pimenta garantiu hoje que defender o ouro de 2018 em K1 1.000 metros é um desfio completamente novo nos Mundiais de Szeged, na Hungria, onde se joga a qualificação para os Jogos Olímpicos Tóquio2020.

“Estou completamente abstraído, pois sei o que consegui. Os feitos do ano passado ficaram lá. Agora são novas competições com adversários que estão um pouco mais fortes. Começamos do zero e é construir o caminho até à final e os cinco mais rápidos conseguem a vaga para os Jogos Olímpicos”, explicou.

Fernando Pimenta, que integra uma seleção portuguesa de 12, releva a questão das medalhas para se focar na qualificação olímpica, garantindo que se apresenta na Hungria em excelente condição.

 Estou numa das minhas melhores formas, provavelmente melhor só mesmo no Rio2016. Este ano, fiz uma boa preparação. Ainda consegui estar um pouco melhor do que no ano passado. Claro que os meus opositores também se prepararam para estarem mais fortes. Agora, espero ser um dos cinco a conseguir um lugar nos Jogos”, desejou.

O canoísta de Ponte de Lima não teve problemas em controlar a sua regata, que liderou de princípio a fim, hábito que gosta de manter em todas as provas, até porque isso lhe garante as pistas centrais, privilegiadas no controlo dos rivais.

“Correu bem. É a primeira prova que faço do mundial e é sempre bom começarmos com o pé direito e começar a sentir a reação do corpo. A eliminatória está feita, agora é a ver o comportamento dos meus adversários nas outras e descansar”, disse.

Pimenta recusa dar como garantida a presença em Tóquio ou a luta pelas medalhas, uma vez que o percurso é semelhante a uma prova de ciclismo, em que “não dá para passar da primeira à última etapa”. “Se queremos chegar a Tóquio o primeiro passo está dado. Depois é a semifinal e ficar nos três melhores. Na final, lutar pelos cinco primeiros”, explicou.

O atleta de 30 anos garante estar “bem e tranquilo, com confiança no trabalho” realizado com o treinador Hélio Lucas.

Atingida a final, assume a vontade de ser bem-sucedido em Szeged, considerando que seria um “marco importante” na carreira vencer na pista da que considera ser “a capital mundial da canoagem”, num país me que os canoístas têm presença mediática forte até nas televisões.

Os Mundiais de canoagem reúnem um recorde de 102 países e mais de 1.000 atletas.