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Viana do Castelo assinalou 20 anos da chegada do Navio Gil Eannes

A Câmara Municipal de Viana do Castelo e a Fundação Gil Eannes assinalaram, com uma sessão comemorativa, os vinte anos sobre a chegada no Navio Gil Eannes a Viana do Castelo. Na sessão, onde marcou presença o Secretário de Estado das Pescas, José Maria Costa defendeu a literacia marítima junto das gerações mais novas.

Vinte anos depois, a Fundação assinalou a data com a inauguração das exposições “Navios para a Pesca do Bacalhau construídos em Viana do Castelo”, “A Frota Branca e o Porto St. John’s” e “Uma viagem no tempo – Navios, equipamentos e plamenta”, com a apresentação do livro de Jean-Pierre Andrieux “Os navios da pesca à linha” e com uma sessão comemorativa. No seu discurso, José Maria Costa agradeceu o trabalho dos que colaboraram para que o navio seja hoje um marco importante da cultura marítima portuguesa e um equipamento ao serviço da literacia marítima junto das novas gerações.

Na sessão, marcaram ainda presença um representante da Associação SOS Gil Eannes, que lembrou o trabalho desenvolvido para resgatar o navio da sucata, e João Lomba da Costa em nome da Fundação Gil Eannes e que abordou as principais referências históricas do processo. Já o Secretário de Estado elogiou o trabalho desenvolvido e felicitou os vianenses uma vez que o navio tem estado a dar um forte contributo para aumentar a literacia marítima.

O Navio Hospital Gil Eannes, construído em Viana do Castelo nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, iniciou a sua atividade como hospital em 1955, apoiando durante décadas, a frota bacalhoeira portuguesa que atuava nos bancos da Terra Nova e Gronelândia. Desativada a frota bacalhoeira, ficou apodrecer nas docas de Lisboa, durante muitos anos.

Em 1998, a Fundação Gil Eannes, considerando-o património cultural e afetivo da cidade, resgatou-o da sucata por cerca de 250 mil euros, após uma inédita campanha que envolveu todos os estratos sociais vianenses.

A 31 de Janeiro de 1998, foi recebido em viana do Castelo, onde, depois de limpo e restaurado, foi aberto ao público, assumindo-se como pólo de atratividade para Viana do Castelo. A reconversão transformou-o num espaço museológico, integrando salas de exposição, sala de reuniões e loja de recordações.