O encenador Milo Rau e a companhia alemã Familie Flöz participam no Festival de Teatro de Viana do Castelo, que o ator Ruy de Carvalho abre a 15 de novembro, com a sua própria história.
O Teatro do Montemuro, a Cem Palcos, a Companhia de Teatro de Braga e o coletivo Saaraci também fazem parte da programação da 9.ª edição do festival, que inclui igualmente produções da Peripécia Teatro, da Companhia do Chapitô, da Companhia Caótica e da galega Butaca Zero, segundo a estrutura organizadora, o Teatro do Noroeste – Centro Dramático de Viana.
No total, serão 11 espetáculos, acompanhados de conversas entre artistas e públicos, que terão lugar na semana de 15 a 22 de novembro, no Teatro Municipal Sá de Miranda.
Milo Rau estará em Viana do Castelo no dia 17 para o debate “Interferência Política nas Artes: Pela Liberdade Artística Contra a Censura”, no contexto da campanha global pela arte e democracia “Resistance Now! Together” (“Resistir agora! Juntos”).
Impulsionada pelo encenador e diretor do Festival de Viena no final do ano passado, a campanha, que já conta com 200 organizações culturais a nível global, entre as quais o Teatro do Noroeste e o ‘seu’ festival, perfila-se para “defender a liberdade artística e combater a censura”.
O debate, em Viana, “reunirá artistas portugueses que sofreram censura ou cancelamento e vozes internacionais que possam oferecer um contexto mais amplo sobre esta questão urgente”, explica o Teatro do Noroeste, no ‘site’ da campanha.
Ruy de Carvalho abre o festival com “Ruy, a História Devida”, de Paulo Coelho, numa encenação de Paulo Sousa Costa. O espetáculo sobre a carreira de mais de 80 anos do ator foi estreado em 2023 e já subiu mais de cem vezes a cena, em dezenas de cidades portuguesas.
O Teatro do Noroeste avisa que todas as récitas do festival contam com recursos de acessibilidade, como tradução simultânea em Língua Gestual Portuguesa, legendagem em português e inglês, reconhecimento de palco e audiodescrição.