O cabeça de lista da coligação PSD/CDS-PP à Câmara de Viana do Castelo prometeu hoje uma nova rede de transportes públicos ao nível dos autocarros, comboios noturnos num modelo tipo metro de superfície e o funicular a funcionar.
Em declarações à agência Lusa, Paulo de Morais explicou que “as ideias da coligação passam, em primeira instância, por colocar em funcionamento as infraestruturas que já existem e criar lógicas de transportes modernos numa cidade europeia com qualidade de vida”.
O candidato garantiu que a sua candidatura às autárquicas de domingo promete “uma verdadeira revolução nos transportes públicos”.
“Temos um funicular que liga o centro histórico a Santa Luzia e que está quase sempre parado e pode ter horários alargados. Temos uma via-férrea e comboios disponíveis, mas, no entanto, não há comboios noturnos e passará a haver”, destacou.
Licenciado em Matemática e doutorado em Engenharia e Gestão Industrial pela Universidade do Porto, Paulo de Morais, de 61 anos, disse que a rede “autocarros é deficitária, que foi alterada muito recentemente e tem gerado uma série de trapalhadas, o que é profundamente antidemocrático”.
“O presidente da Câmara decidiu mudar a rede de autocarros em cima das eleições e isso é, do meu ponto de vista, uma decisão estruturante que não poderia ser tomada tão em cima das eleições”, observou.
Para Paulo de Morais, o primeiro passo é aproveitar as infraestruturas que já existem, o segundo passo é renovar toda uma rede de autocarros que não serve quem queira trabalhar na zona industrial do Neiva. Não é aceitável numa cidade europeia, em 2025”.
“Quem queira ir para uma escola, professores ou alunos, precisa de transportes escolares quando podia, muitas das vezes, usar os transportes públicos”, enfatizou.
O candidato preconiza “uma rede de transporte generalizada de autocarros, que tenha linhas que passem pelos hotéis e que apanhem os turistas, que vá às escolas às horas certas, ou seja, o novo sistema tem de ser reforçado, renovado e modernizado”.
O ex-vice-presidente da Câmara do Porto (2002-2025), que se desfiliou do PSD em 2013 e surge nesta corrida eleitoral como independente, defendeu também que “a mobilidade mais suave, como as ciclovias, têm de ser uma concretização”.
“Esta Câmara tem prometido muita ciclovia, mas o facto é que hoje não é possível, de uma forma sistemática, andar a pé ou em bicicleta de uma forma generalizada em Viana. Aí vamos atuar também e o ambiente agradece”, sublinhou.
Atualmente, o executivo de Viana do Castelo é composto por cinco eleitos pelo PS, um eleito pela CDU, um vereador independente (social-democrata que deixou o partido para integrar o Chega) e dois vereadores da coligação PSD/CDS-PP.
Concorrem à Câmara de Viana do Castelo o atual presidente da autarquia, Luís Nobre (PS), Paulo de Morais (coligação PSD/CDS-PP), Duarte de Brito Antunes (IL), José Flores (coligação PCP/PEV), Carlos Torre (BE), Eduardo Teixeira (Chega) e Luís Arezes (ADN).