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Câmara de Monção com orçamento de mais de 30 ME para 2021

A Assembleia Municipal de Monção, no distrito de Viana do Castelo, aprovou por maioria o orçamento para 2021, superior a 30 milhões de euros, com a abstenção do PS, foi hoje divulgado.

O Plano de Atividades e Orçamento (PAO) para 2021, de 30.476.862,00 euros, é superior em quase quatro milhões de euros ao do ano em curso, no valor de 26,5 milhões de euros.

O documento foi aprovado na última quarta-feira, por maioria, em sessão da Assembleia Municipal, composta por 49 elementos, com os votos favoráveis do PSD, do CDS e dos presidentes das Junta de Freguesia presentes, e com a abstenção dos dez elementos do PS.

Anteriormente o documento foi aprovado pela maioria PSD na Câmara Municipal de Monção, presidida por António Barbosa.

Em nota enviada às redações, a autarquia adiantou que o PAO para 2021 apresenta uma “forte marca social” e “aponta como prioridades o desenvolvimento económico, a valorização da rede viária e a atratividade turística”.

“Sendo o maior da nossa história, o orçamento para 2021 revela uma forte componente de apoio às famílias, garantindo, em paralelo, a prioridade ao desenvolvimento económico, a valorização da rede viária e a atratividade turística, setores fundamentais para aumentar os níveis de empregabilidade e a qualidade de vida de todos os monçanenses”, afirmou António Barbosa, citado na nota.

Do valor global do PAO para 2021, “pela primeira vez, a despesa de capital (16.396.921,00) supera a despesa corrente (14. 079 941,00)”.

Segundo a autarquia social-democrata, “a dívida de médio e longo prazo tem vindo a descer, estimando-se que, a 31 de dezembro, seja de 4.385 672,73 euros, representando uma diminuição de 1.474.471,90 euros (menos de 25% da divida bancária), relativamente ao início do mandato”.

Além “da diminuição do passivo bancário, o atual executivo municipal reduziu em 1.464.672,00 euros o montante da dívida a terceiros, vinda da anterior governação, relativa a processos judiciais e devolução de verba afeta ao regime de apoio à reestruturação e reconversão da vinha (Vitis)”.

Contactado hoje pela agência Lusa, o líder da bancada do PS na Assembleia Municipal, José Adriano Alves, justificou a abstenção com a necessidade de “colaboração” para enfrentar os “problemas graves” causados pela pandemia de covid-19 e “por terem sido acolhidas muitas das propostas” apresentadas pelo partido.

“Não era nesta altura, em que todos temos de estar unidos no mesmo objetivo que o PS iria ficar de fora. O PS está para colaborar. Somos um partido do poder. Já estivemos muitos anos no poder, contamos em lá voltar um dia, provavelmente nas próximas eleições, se o eleitorado assim o entender, mas não somos um partido do contra, só para ser do contra. A época que vivemos é de entreajuda e colaboração”, referiu.

José Adriano Alves admitiu ser “o maior orçamento de todos os tempos” em Monção, e realçou que, “pela primeira vez, a maioria PSD aceitou algumas das propostas apresentadas pelo PS”.

“Não foram aceites todas, mas uma grande parte delas, nomeadamente em termos de ação social, cultura, turismo, desenvolvimento económico. Infelizmente continua-se a insistir na derrama que é um imposto que não representa nada de vantajoso para Monção”, observou.