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Mais de 50 artistas marcam a rentrée da Fundação Bienal de Arte de Cerveira 

Uma exposição coletiva internacional de livros de artista, intitulada “Processos em Trânsito” e uma exposição individual de Jaime Silva, “Viacrucis. A Pintura como interrogação”, são as duas mostras que marcam a rentrée da Fundação Bienal de Arte de Cerveira (FBAC), após a XX Bienal Internacional de Arte de Cerveira.

Em comunicado, a FBAC refere que a mostra “Processos em Trânsito”, com a curadoria de Sobral Centeno, Daniela Steele e Ines Linke, “combina objetos únicos, concebidos originalmente como obras de arte autónomas, com ferramentas de trabalho às quais os respetivos utilizadores conferiram dimensão estética”.

No total, são 54 os artistas representados nesta exposição – 27 portugueses e 27 brasileiros – que, após ter estado patente na Câmara Municipal de Matosinhos, se dá a conhecer, até 1 de dezembro, no Fórum Cultural de Cerveira.

Entre os 54 projetos reunidos, contam-se, entre outros, trabalhos do músico e compositor Arnaldo Antunes, dos brasileiros Paulo Bruscky e Almandrade e dos portugueses Álvaro Siza Vieira, Eduardo Souto de Moura, José Pedro Croft, Pedro Cabrita Reis, Julião Sarmento, Francisco Laranjo, Zulmiro de Carvalho e Albuquerque Mendes.

A mostra resulta do projeto “O.Livro.de.Artista”, que acontece em Salvador da Bahia, no Brasil, desde 2016, em parceria com o MAB – Museu de Arte da Bahia.

Já a “VIACRUCIS – a Pintura como interrogação”, o nome da exposição individual de Jaime Silva, com curadoria de Helena Mendes Pereira, “propõe ao público uma abordagem antológica da sua obra através de 100 peças”, explica a nota.

“Para mim a Arte (o que entendo como tal) é algo que nos mantém suspensos entre um estado letárgico e o que convoca um estado de espírito, que posso definir como de atenção ao mundo circundante, e que evidentemente não se restringe a teorias de ocasião, definições politicamente corretas ou incorretas, outras”, explica o pintor e vice-presidente da Sociedade Nacional de Belas Artes, Jaime Silva, citado no comunicado.

“Não entendo como fácil ou difícil a Arte. Traduzo-a em forma de Pintura, Desenho, outras formas, outros meios, em método de interrogação, dúvida e teste, senhor que sou de um processo de autoavaliação e de um gosto pessoal longamente treinado”, acrescenta.

A inauguração das exposições decorre no próximo sábado, 27 de outubro, às 16h00, e será seguida pela apresentação do livro “No silêncio do atelier”, por Ágata Rodrigues, diretora da Fundação Escultor José Rodrigues, no âmbito das comemorações do aniversário do Mestre.