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Miguel Alves considera positiva a reprogramação dos fundos do “Norte 2020”

O novo presidente do Conselho Regional do Norte (CRN), Miguel Alves, considerou que a reprogramação do programa “Norte 2020”, divulgada esta terça-feira, é vantajosa para a região e “mais consensual” no território.

“Acho que este ponto a que chegámos da negociação, sem ser perfeito individualmente, é um ponto positivo para a globalidade do norte, para as instituições e para as autarquias”, afirmou.

Miguel Alves falava em Felgueiras, no Porto, onde se realizou uma reunião do Conselho Geral do Norte, órgão consultivo da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), no qual têm assento os 86 municípios e representantes de várias instituições do território.

Na reunião, Miguel Alves foi eleito para a presidência da comissão permanente do CRN, sendo acompanhado, na vice-presidência, por Aires Pereira, presidente da Câmara da Póvoa de Varzim.

Fernando de Sousa, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), esteve também presente na reunião e informou os municípios da região que a reprogramação do programa “Norte 2020” garante mais 260 milhões de euros para o investimento territorial.

As áreas da saúde, educação e equipamentos sociais vão ter um reforço de 70 milhões de euros, o património cultural sai reforçado com 20 milhões de euros, o Prover (Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos) com outros 20 milhões, o acolhimento empresarial com 33,5 milhões, a regeneração urbana (PARU) com 31 milhões e a eficiência energética com 37 milhões de euros.

Fernando Sousa destacou que a reprogramação foi “a mais equilibrada que alguma vez existiu nos vários quadros comunitários”, envolvendo os municípios, o investimento empresarial e as entidades promotoras do conhecimento, nomeadamente universidades e politécnicos.

Miguel Alves referiu que a versão inicial do Norte 2020 “não dava respostas que a região exigia” e que agora há “uma proposta melhor para o conjunto da região”.

“O reforço de 260 milhões de investimento no território não deixa de ser uma boa notícia face à proposta inicial e demonstra que os municípios e o território do Norte conseguem, de algum modo, bater o pé quando é necessário, mas chegar a entendimentos também quando eles são precisos num determinado momento”, declarou.

O novo presidente do CRN acrescentou que, “ao longo das últimas semanas, houve um trabalho intenso que permitiu chegar a uma posição de consenso. Se é a proposta que todos queriam no território, talvez não seja, mas é o máximo denominador comum que foi encontrado para o território”.

A propósito da sua eleição, o Miguel Alves disse pretender para a região “uma dimensão que não passa por um certo sindicalismo do norte”.

“Eu quero um norte menos de protesto, quero um norte mais reivindicativo e mais exigente consigo próprio, naturalmente, mas também com aqueles que, a partir de fora, têm algumas implicações no território”, rematou.