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Programa de regeneração urbana de 800 mil euros avança em freguesia de Caminha

A aprovação do programa de regeneração urbana de 800 mil euros previsto para a zona de Sandia, em Vila Praia de Âncora, no concelho de Caminha, foi hoje oficializada em Diário da República.

O aviso publicado diz respeito ao Programa Estratégico de Reabilitação Urbana (PERU) – Operação de Reabilitação Urbana (ORU) da Sandia – Vila Praia de Âncora, aprovado em dezembro pelos órgãos autárquicos daquele concelho do Alto Minho.

Este projeto integra uma candidatura apresentada pelo município ao Norte 2020 que abrange ainda a reabilitação urbana do centro histórico de Caminha. No total, o investimento previsto para as duas intervenções, submetidas a discussão pública, atinge os 1,5 milhões de euros.

O Presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves, explicou à Agência Lusa, que com a publicação deste aviso em Diário da República, o Município “irá lançar o concurso público da empreitada”, estimando o arranque dos trabalhos “entre a primavera e o verão”.

Já a empreitada de reabilitação do centro histórico da vila “só avançara depois do verão por ser uma obra conflituante com a vivência estival e Caminha”.

“Não queremos prejudicar o comércio e o turismo”, destacou.

Os 800 mil de investimento agora publicado em Diário da Republica “serão aplicados em Sandia e Vista Alegre, contemplando uma população da zona alta da freguesia”.

Segundo a Câmara Municipal, aquele projeto “vai pôr fim ao caos urbanístico da zona, resolvendo problemas estruturais que, há décadas, castigam a população”.

“O objetivo é acabar com as inundações sazonais de casas e quintais, por causa das águas pluviais que correm livremente, e com as graves deficiências nas acessibilidades”, explicou o município aquando da apresentação pública do projeto, em novembro.

Segundo a autarquia, a zona da Sandia “foi vítima de um crescimento desordenado, que se foi agravando ao longo dos anos, sem controlo e sem que os poderes públicos alguma vez fossem capazes de encontrar soluções para os problemas que entretanto se iam avolumando”.

“A consequência foi o que alguns apelidam de cancro. A população da área, em geral, tem más condições de habitabilidade, agravadas pelas fracas acessibilidades, mas há casas, sobretudo no Lugar da Vista Alegre, cujos residentes são severamente punidos sempre que chove um pouco mais. Nessas alturas, quintais e mesmo o interior das residências são invadidos pelas águas, que destroem bens e qualidade de vida”, especificou a autarquia.

A “falta de planeamento e as carências de infraestruturas agravaram-se progressivamente, fomentadas com a construção da variante à Estrada Nacional 13 e, posteriormente, com a execução dos acessos à autoestrada A28”.