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Paredes de Coura declara morte à geografia com investimentos em setores inovadores

A Assembleia Municipal de Paredes de Coura, aprovou por maioria o orçamento para 2021, de 18 milhões de euros, mais dois milhões do que o do ano em curso, foi hoje divulgado.

Em comunicado enviado às redações, a autarquia presidida por Vítor Paulo Pereira, adiantou que o Plano de Atividades (PAO) para 2021 “declara a morte à geografia e promete uma nova centralidade, no contexto do país“.

“Ao todo, são 18.302.348 euros que têm por objetivo a criação de mais emprego e qualificado. O denominado Plano Plurianual de Investimentos atinge este ano 7.458.000 euros, sendo que a ligação do parque empresarial de Formariz a autoestrada A3 [entre Braga e Valença] e a requalificação e ampliação da zona industrial representam 2.850.000 euros”, refere Vítor Paulo Pereira, citado no documento.

Na nota, o município destaca ainda a instalação, no concelho, de “três novas unidades industriais, das quais duas pertencentes a setores inovadores e únicos em Portugal.

“Numa altura de crise estamos a preparar o futuro, e o futuro passa pela criação de emprego. (…) O emprego é a receita final de muitas políticas convergentes, que vão desde a capacidade de atrair investimento, até à confiança que os agentes económicos têm em nós pelo nosso dinamismo e pela nossa capacidade de resposta e de cumprir prazos”, refere Vítor Paulo Pereira, citado no documento.

O PA0 para 2021 foi aprovado em reunião da Assembleia de Paredes de Coura, na sexta-feira, com 28 votos a favor (25 do PS, dois independentes e um PCP/PEV), e três deputados municipais eleitos pelo PSD votaram contra.

Contactada pela Lusa, a bancada do PSD na Assembleia Municipal justificou a rejeição do documento por considerar ser “pouco ambicioso, quer no curto prazo, quer para os próximos anos, por não contemplar uma estratégia de desenvolvimento”, para o concelho.

“Qualquer Câmara tem de ter, independentemente de haver ou não eleições, um plano de desenvolvimento que não se esgota no ano seguinte”, sustentou.

Segundo José Augusto Caldas, o documento “não é adequado à situação económica e financeira causada pela covid-19, não contempla verbas acrescidas para apoio social aos mais desfavorecidos, nem apoios significativos para as atividades económicas mais prejudicadas pela pandemia”.

“São os pontos fundamentais no curto prazo e do que é mais evidente do que deveria ser uma alteração substancial do modo de fazer política”, frisou.