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CIM Alto Minho considera inusitada providência cautelar contra injeção de capital na TAP

O presidente da Comunidade Intermunicipal do Alto Minho criticou no sábado a Associação Comercial do Porto por ter apresentado uma providência cautelar “intempestiva, inusitada” para travar a injeção de 1,2 mil milhões de euros do Estado na TAP.

Em comunicado enviado às redações, o também presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, José Maria Costa, afirma que a providência cautelar interposta pela Associação Comercial do Porto, no passado dia 20 no Supremo Tribunal Administrativo, “não defende o interesse da região norte e muito menos da coesão territorial nacional”.

Foi intempestiva, inusitada e não teve em conta os atores da região norte e acima de tudo não ajuda a encontrar soluções“, afirma o autarca.

A 20 de junho, o presidente da Associação Comercial do Porto, Nuno Botelho, argumentava que “não pode haver injeção do Estado enquanto não for assegurado que a TAP serve o interesse nacional no seu todo e não apenas a região de Lisboa”.

No entanto, o Supremo Tribunal Administrativo autorizou na sexta-feira o Governo a avançar com a injeção de capital à TAP, se demonstrar que o adiamento da ajuda “seria gravemente prejudicial para o interesse público”.

O presidente da Comunidade Intermunicipal do Alto Minho considera que a posição da Associação Comercial do Porto “vem condicionar o futuro da empresa, vem atropelar a negociação entre o Governo e os acionistas privados da TAP e vem condicionar o diálogo construtivo em curso dos atores regionais com a administração” da transportadora aérea.

O Estado (através da Parpública) já detém 50% da TAP, resultado das negociações do Governo de António Costa com o consórcio Gateway (de Humberto Pedrosa e David Neeleman), que ficou com 45% do capital da transportadora, e os restantes 5% da empresa estão nas mãos dos trabalhadores.