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Primeiros comboios elétricos chegam a Viana do Castelo “ainda este ano”

O vice-presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), Carlos Fernandes, disse hoje, em Valença, que os primeiros comboios elétricos devem chegar, ainda este ano, a Viana do Castelo e, até início de 2020, a Valença.

“Faltam poucas semanas para a conclusão dos trabalhos do troço entre Nine (Braga) e Viana do Castelo. “Os primeiros comboios elétricos podem circular até Viana do Castelo ainda este ano”, afirmou durante a apresentação da segunda fase da empreitada de modernização do troço entre Viana do Castelo e Valença da Linha do Minho, hoje consignada, num investimento de 18,1 milhões de euros e com prazo de execução de 22 meses.

No final da sessão, em declarações aos jornalistas, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, disse que a “expectativa” do Governo é a de ter a modernização e eletrificação dos 134 quilómetros daquela ligação ferroviária internacional concluída “no início de 2020, num investimento de mais de 80 milhões de euros”.

“É essa é a nossa expectativa”, disse Pedro Marques, reforçando a importância daquela obra para a “competitividade do Noroeste Peninsular, para a redução do tempo de transporte e para o aumento da qualidade do serviço prestado, da segurança e da eficiência”.

Disse existirem “compromissos mútuos “, com o Governo espanhol, para que a modernização da linha do Minho seja concluída, ao mesmo tempo, nos dois lados da fronteira, referindo-se aos cinco quilómetros que faltam, junto à fronteira, de eletrificação do lado espanhol.

A eletrificação e modernização daquela ligação ferroviária internacional está incluída no Plano de Investimentos em Infraestruturas Ferrovia 2020 e representa “um investimento de 83 milhões de euros”.

Estas obras permitirão que a ligação ferroviária por Alfa Pendular possa chegar a Valença, perto da fronteira com Espanha e com a cidade de Tui, ficando a faltar, do lado espanhol, a ligação a Vigo, uma antiga reivindicação do Eixo Atlântico, organismo que congrega 38 municípios portugueses e galegos.

Para criar um corredor de ligação ferroviária em alta velocidade entre o norte da Galiza e Lisboa, que permita a alta velocidade do lado espanhol, faltam 30 quilómetros entre Vigo e a fronteira portuguesa devidamente eletrificados e modernizados e uma saída da linha a sul de Vigo.

Presentes no encontro, o presidente do Eixo Atlântico, Alfredo García e o secretário-geral, Xoán Vázquez Mao, felicitaram o Governo português por “fazer eco das petições da entidade e apostar na melhoria das comunicações ferroviárias para a Galiza”.

“Uma vez finalizado o ato, num breve encontro com o presidente do Eixo e o secretário-geral, acordaram uma reunião em Lisboa, em setembro, para falar do Segundo Pacote de Infraestruturas 2021-2028”, refere em comunicado o organismo que congrega 38 municípios portugueses e galegos.