É um fenómeno que tem gerado cada vez maior preocupação entre os portugueses e que tem colocado em evidência a necessidade urgente de medidas mais eficazes para combater esse tipo de crime. No últimos meses, Portugal tem testemunhado um aumento significativo no número de casos de fraudes online, deixando autoridades e instituições financeiras em estado de alerta.
O ano de 2023, à semelhança dos anteriores, ficou marcado por um aumento de incidentes relacionados com a cibersegurança, com particular destaque para os crimes tipificados na Lei do Cibercrime.
O aumento alarmante de tentativas de fraude em Portugal vem realçar a importância de permanecer vigilante e adotar medidas proativas para proteger os dados financeiros.
Em Viana do Castelo, José Daniel Pinto Matos relatou à Altominho TV um episódio que ocorreu com as suas duas filhas, Daniela e Bárbara, em dezembro de 2023.
“Retiraram da conta delas [Banco Montepio], sem qualquer autorização, contra sua vontade, cerca de 2.300 euros [5/12/23]. Reclamámos e o Banco recusa-se a assumir a responsabilidade, quando é certo que é deles. Houve ali uma falha de segurança, no sistema informático, alguma burla, a que as minhas filhas são alheias”, afirma o advogado de 64 anos.
“Mal aconteceu o levantamento, fui apresentar uma reclamação que exigia o pagamento o mais breve possível, pois no meu entender havia uma falha de segurança no sistema informático do banco, logo a responsabilidade era dele”, frisa José Matos.
Em resposta, o Banco Montepio alega que “foram introduzidas as credenciais de acesso ao homebanking, aplicando a Autenticação Forte” e destaca que “o Banco e a sua página de internet não tiveram qualquer quebra de segurança, nem foram infectados com qualquer tipo de programa malicioso”.
A instituição bancária dá ainda nota de que foi “registado pedido de devolução da verba reclamada junto do Banco Beneficiário (CGD), tendo sido infrutíferas as nossas diligências”.
Através do seu site, o Banco de Portugal avisa para “estar atento a possíveis situações de fraude” a quem realiza operações bancárias e pagamentos através da internet. Em caso de suspeita de fraude, a instituição aconselha a agir rapidamente, contactando imediatamente o banco, a pedir o cancelamento das credenciais de acesso ao homebanking e a participar a situação fraudulenta ao órgão de polícia criminal mais próximo (PSP, GNR ou PJ) ou ao Ministério Público.
Recentemente, o Banco de Portugal (BdP) recebeu várias dezenas de queixas sobre uma fraude por chamada telefónica que recorre à identidade do banco central e dos seus trabalhadores para obter credenciais de acesso a contas bancárias.