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Nova luta dos funcionários judiciais é ‘xeque-mate’ ao Governo 

O Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ) considera que as greves distritais que hoje começaram em Viana do Castelo, Braga e Setúbal, e as agendas das diligências a partir de terça-feira, será um ‘xeque-mate’ ao Governo.

“Temos a convicção que esta jornada de luta poderá ser o ‘xeque-mate’. Vimos de uma pandemia, de lutas e de semanas com milhares, milhões de atos não praticados, milhares de diligências adiadas. Nesta altura, pouco mais é preciso demonstrar. Nós temos o caos na Justiça”, afirmou hoje, em Viana do Castelo, Alexandra Lopes, do secretariado nacional do SFJ.

“O sindicato estava à espera que as férias judiciais fossem um período de reflexão por parte do Ministério da Justiça que, de uma forma ponderada, analisasse o nosso caderno reivindicativo e, no início do mês iniciasse uma negociação séria para que os tribunais retomem o seu funcionamento normal. Não foi feito nenhum contacto com as estruturas sindicais. Não vimos outra forma de resolver o problema. Reiniciamos uma jornada de luta dura. Já passaram nove meses e não tivemos ‘feedback’ nenhum por parte do Ministério da Justiça”, sublinhou Alexandra Lopes.

A nova jornada de luta hoje iniciada vai prolongar-se até dezembro.

Além das greves distritais, hoje iniciadas, a partir de terça-feira, “arranca uma greve inovadora que se inicia com a primeira diligência marcada, tanto da parte da manhã, como de tarde”.

“Entrando em greve a partir do primeiro agendamento da manhã, a paralisação prolonga-se até às 12h30. Da parte tarde, se o primeiro agendamento for às 14h00 é a partir dessa hora que se inicia a greve até ao fim do dia de trabalho. Continua em vigor a greve mais antiga da Europa, a partir das 17h00, pelo não pagamento de horas extraordinárias”, especificou.

As greves às agendas das diligências decorrem entre a próxima terça-feira e sexta-feira, nos distritos de Braga, Setúbal e Viana do Castelo.