Os autarcas de Caminha e de A Guarda reuniram-se, hoje, em Caminha, para abordar os dossiês que ambos têm em mãos e que são comuns aos dois municípios da ribeira Minho, anunciou a autarquia em comunicado.
Na nota enviada, alguns dos dossiês abordados dizem respeito “à ligação fluvial entre Caminha e A Guarda que, desde 2020 está suspensa, inicialmente por imposição das restrições à circulação fruto da covid-19 e, posteriormente, por estar em causa a segurança do pontão de embarque no cais Galego, que se encontra em reparação”.
Umas das preocupações demonstradas prende-se também com o “assoreamento do rio Minho, e do canal do Ferry, que põe em causa a navegabilidade do mesmo”.
“É necessário encontrar financiamento por parte dos Estados para que o rio Minho possa ser desassoreado e garantir uma ligação fluvial mais robusta e efetiva. Não só para que o Ferry possa navegar, mas também para que a pesca e as atividades náuticas possam acontecer de forma mais segura”, referiram os autarcas.
A travessia do rio Minho é um ponto comum de preocupação. “Necessitamos de ter uma ligação efetiva e regular entre estes dois povos, que desde sempre viram o Rio Minho como um espaço comum que nos une, mas a verdade é que, nestes últimos tempos tem vindo a ser um espaço que nos separa, por contingências alheias aos próprios concelhos”, continuaram.
A cooperação institucional foi também tema central da reunião, onde presidente e alcalde “firmaram o compromisso de manter as boas relações entre os municípios”.
A criação de uma Eurocidade entre Caminha e A Guarda é um dos temas que os autarcas pretendem desenvolver a curto prazo.
A cultura e o desporto serão uma ponte que se pretende explorar entre as duas margens do rio Minho.
Um dos temas também abordados na reunião, foi a construção de parques eólicos na costa atlântica, que banha os dois municípios. “Uma preocupação de ambos os autarcas, sendo compromisso dos mesmos, tudo fazer ao seu alcance, junto das entidades competentes, para minimizar os impactos no território transfronteiriço, defendendo a pesca, a população, o turismo e o território”, revela o comunicado.
Ficou agendado um novo encontro, para reavaliar o ponto de situação dos referidos dossiês, no concelho de A Guarda.