O município de Vila Nova de Cerveira entregou, no sábado, certificados de Português Língua de Acolhimento (nível A1-A2) a 74 migrantes de 11 nacionalidades a residir e trabalhar no concelho, permitindo-lhes a revalidação do título de residência.
“Trata-se de jovens entre os 20 e 50 anos, maioritariamente do sexo masculino. Uma minoria destes migrantes decide prosseguir a certificação para o nível B1-B2”, refere a autarquia em comunicaod.
Eugénia Sobreiro, coordenadora do Centro Qualifica do Agrupamento de Escolas Muralhas do Minho, realçou que “se outrora era necessário pedir autorização para colocar as turmas a funcionar por número insuficiente de formandos, agora pede-se autorização para o elevado número de formandos e turmas. Como Centro Qualifica assume-se um papel de ajudar estas pessoas a conhecer melhor a nossa cultura, hábitos e costumes e leis que nos regem. Incluir em vez de excluir”.
Já Sónia Guerreiro, Vereadora com o pelouro da educação, felicitou todos os envolvidos nesta ação de capacitação, “desde a disponibilidade e a persistência dos professores, e respetiva equipa complementar, mas sobretudo os alunos migrantes por esta conquista que os ajudará a uma melhor integração, através da aprendizagem da língua portuguesa, o que contribuirá para minimizar a existência de barreiras quer no local de trabalho quer no dia a dia como uma ida ao centro de saúde ou a um supermercado”.
De acordo com os resultados provisórios dos Censos 2021, na comparação entre a população residente em 2011 e 2021, foi possível verificar que os residentes estrangeiros subiram de 278 em 2011 para 607 em 2021, correspondendo a uma variação de, aproximadamente, 120%, sendo na sua maioria oriundos de países não pertencentes ao espaço territorial da União Europeia.
Esta população está a residir, maioritariamente, na União das Freguesias de Campos e Vila Meã, o que se explica pela sua oferta de trabalho na área industrial, e na União das Freguesias de Vila Nova de Cerveira e Lovelhe.