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Viana do Castelo revê em baixa o orçamento de 2022 em quase 11 milhões

A Câmara de Viana do Castelo aprovou hoje a segunda revisão orçamental de 2022, com uma diminuição de 11 milhões de euros por não se terem concretizado as expectativas de acesso a fundos comunitários em diversos investimentos.

O documento foi hoje aprovado em sessão extraordinária da autarquia, com os votos favoráveis dos cinco elementos do PS, dois votos contra dos vereadores do PSD, Eduardo Teixeira e Paulo Vale e, a abstenção das vereadoras do CDS-PP, Ilda Araújo Novo e da CDU, Cláudia Marinho.

Na apresentação da segunda revisão ao orçamento do ano em curso, o presidente da Câmara de Viana do Castelo, Luís Nobre, disse “não se ter concretizado a expectativa real” do executivo municipal “no acesso a fundos comunitários”.

O autarca socialista justificou aquela situação com o “ano atípico” que o país viveu, com a realização de eleições legislativas antecipadas e, a elaboração, pelo novo Governo de maioria PS, do Orçamento de Estado.

Segundo Luís Nobre aqueles “pressupostos perturbaram as expectativas da execução dos fundos comunitários” e levaram a autarquia a “repensar empreitadas” também afetadas pela “inflação, falta de mão-de-obra e de materiais”.

Apontou como exemplo a construção da unidade de saúde da Meadela que, “nesta altura devia ter um nível de execução maior”.

“Há empreitadas que não avançaram nos prazos que estavam perspetivados. O nível de execução da construção da nova ponte sobre o rio Lima, dos acessos rodoviários ao Vale do Neiva, do parque empresarial de Alvarães devia ser superior, o que não acontece”, sublinhou Luís Nobre.

Para o vereador do PSD, Eduardo Teixeira, esta revisão orçamental “não passa de uma operação de cosmética” que “só serve para esconder o grau de execução do plano em exercício”.

“Esta revisão orçamental efetuada a quinze dias do fecho do exercício serve somente para enganar os incautos, sendo caso para dizer com papas e bolos se enganam os tolos, ficando reduzida a uma operação de cosmética tendo como única virtualidade iludir a execução orçamental aquando a prestação de contas”, lê-se na declaração de voto da bancada do PSD.

A vereadora do CDS-PP reconheceu “as razões das correções orçamentais”, apesar de admitir que “podem vir a induzir em erro o resultado final, ou seja a verdadeira execução”, mas “ainda assim o CDS entendeu abster-se na votação da proposta de revisão orçamental”.