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Associação Empresarial de Viana cria selo de segurança para reabertura do comércio

O presidente da Associação Empresarial de Viana do Castelo (AEVC) anunciou hoje a atribuição do selo ‘Comércio Seguro’ aos estabelecimentos de setores da economia que vão retomar a atividade no dia 04 de maio.

“Já desenvolvemos um selo de segurança que se chama ‘Comércio Seguro’, mas estamos a aguardar as diretrizes do Governo para a reabertura. Além do selo, para colocar na porta ou na montra da loja, que atesta o cumprimento das regras de segurança, será também distribuído um guia diferenciado por setor de acordo com as normas de segurança que forem decididas, porque nesta altura há muita especulação”, disse hoje à agência Lusa Manuel Cunha Júnior.

O responsável adiantou que a proposta de atribuição do selo já foi enviada às câmaras do distrito de Viana do Castelo que estão na área de influência da AEVC, sendo que a autarquia de Viana do Castelo “já aceitou ser parceira da AEVC” nesta iniciativa.

“Estamos a aguardar as respostas das outras câmaras: Caminha, Vila Nova Cerveira, Valença e Paredes de Coura”, referiu o presidente da instituição, que representa cerca de 1.100 empresas.

O selo a atribuir ao comércio tradicional de Viana do Castelo fará também referência a uma outra “campanha nacional que a AEVC e da Câmara vão desenvolver para o setor do turismo, com o lema “Havemos de ir a Viana”. O poema de Pedro Homem de Mello, imortalizado no fado interpretado por Amália Rodrigues, dá o mote à campanha de promoção de Viana do Castelo.

“Na altura da entrega do selo será feita uma pequena formação aos empresários sobre o cumprimento das normas de segurança, sendo que muitas das regras já fazem parte da rotina das pessoas, como por exemplo a higienização, uso de equipamento de proteção individual e o cumprimento do distanciamento social”, explicou.

Cunha Júnior adiantou que o “pequeno comércio e serviços devem ser os primeiros a reabrir, porque foram as empresas obrigadas a encerrar pela proximidade com os clientes e que não tiveram apoios nenhuns”.

“A restauração, que tem funcionado em regime de ‘take away’, quer abrir as portas aos clientes, mas há ainda muitas dúvidas sobre os processos de higienização dos espaços e os custos que essas medidas representarão”, especificou. 

Cunha Júnior sublinhou “não ter competências técnicas” para opinar sobre as normas de higienização que devem ser determinadas para a retoma económica, mas considerou que as que já se encontram vigor “têm sido suficientes”.

“A população tem cumprido muito bem essas normas e temos a prova da sua eficácia com a redução do número de casos de infeção que têm vindo a ser reportados, diariamente, pela Direção-Geral da Saúde, desde o início da pandemia de covid-19”, referiu.

O presidente da AEVC disse discordar da medição da temperatura aos clientes.
“A febre não tem necessariamente de ser determinada pela covid-19. Posso ter uma amigdalite ou por uma infeção num dente. Não concordo com a medição da temperatura, acho que é um fator constrangedor e que acaba por ser desmotivador”, referiu.

Portugal regista hoje 948 mortos associados à covid-19, mais 20 do que na segunda-feira, e 24.322 infetados (mais 295), indica o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Comparando com os dados de segunda-feira, em que se registavam 928 mortos, hoje constatou-se um aumento de óbitos de 2,2%.

A região Norte é a que regista o maior número de mortos (546), seguida da região Centro (194), de Lisboa e Vale do Tejo (185), do Algarve (12), dos Açores (10) e do Alentejo que regista um caso, adianta o relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24:00 de segunda-feira.