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Escola do Rock inspira investigação europeia no ensino

A edição 2019 da Escola do Rock, que começa no domingo em Paredes de Coura, marca o arranque de um projeto europeu que pretende “investigar novos métodos de ensino que, através da música, permitam desenvolver novas competências nos jovens”.

“O projeto ‘Play2Grow’ resulta de uma candidatura ao programa ‘ERASMUS +’, promovida pela Câmara de Paredes de Coura e que envolve instituições galegas e italianas. Durante dois dias, 18 e 19 de dezembro, cerca de 15 a 20 especialistas dessas entidades vão acompanhar a residência artística Escola do Rock para desenvolverem novas metodologias de ensino, tendo por base a música”, disse hoje à agência Lusa Nuno Alves.

O diretor da Escola do Rock explicou que o projeto ‘Play2Grow’ tem a duração de dois anos e tem como parceiras as câmaras de Paredes de Coura, de Tomiño, na Galiza, e de Aosta, em Itália.

O ‘Play2Grow Development of Key Skills and values for youth through music’ (Desenvolvimento de habilidades e valores essenciais para os jovens através da música) é “uma parceria estratégica na área da juventude, de apoio à inovação”.

A candidatura da Câmara de Paredes de Coura ao programa ‘Erasmus+’ “pretende desenvolver, através da cooperação internacional de cinco entidades complementares, ativas no campo da música, formação e juventude, um conjunto de estratégias, documentos e atividades de formação que contribuirão para a aquisição de uma série de valores e competências-chave e habilidades dos ‘youthworkers’ e dos jovens, através de uma abordagem baseada na música”.

Entre os objetivos do projeto europeu, adiantou Nuno Alves, está a “apresentação de uma nova metodologia de trabalho, a criação de uma plataforma digital de partilha de conteúdos e a realização de ações de formação destinadas aos animadores culturais dos municípios envolvidos”.

A Escola do Rock – Paredes de Coura foi lançada pela câmara local, em 2014. No ano seguinte, a iniciativa foi distinguida com o Prémio UM-Cidades atribuído pela Universidade do Minho.

Este ano, a residência artística começa no domingo e prolonga-se até dia 21, com uma turma de 50 alunos e três bandas residentes, os The Fekks, Gaspea e Catarina.

Aquele programa de bandas residentes, que pretende “incentivar a criação e produção de música”, vai garantir aos grupos selecionados, entre outras condições, uma sala de ensaio exclusiva, a possibilidade de produzir e gravar um ‘single’ com o produtor e com o apoio técnico da Escola do Rock, a participação em um concerto durante a semana daquela residência artística e a atuação em futuras iniciativas e ‘tours’ da Escola do Rock.

No final desta residência artística dedicada ao rock ocorre um concerto de apresentação do trabalho realizado pelos 50 alunos. Esse espetáculo é, posteriormente, apresentado em ‘tours’.

As turmas das edições anteriores já atuaram no festival Paredes de Coura e em salas como Serralves e Casa da Música, no Porto e atuaram também em Espanha.

Concertos em freguesias de Paredes de Coura, interações com infantários e centros de dia, e ‘workshops’ sobre temas como a saúde do músico, como promover uma banda, a improvisação dirigida e a iniciação à bateria, são outras das iniciativas do programa da residência artística.

Este ano, a Escola do Rock tem também “nova identidade gráfica, do ilustrador e guionista espanhol Miguel Ángel Martín, vencedor do Prémio Autor Revelação do Salón Internacional del Cómic, em Barcelona 1992 e autor de ilustrações para o El País, El Víbora, Rolling Stone, GQ, Marie Claire, Rockdelux, entre outros”.