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Viana do Castelo vai ter centro de congressos e exposições em 2020

A Câmara de Viana do Castelo informou hoje que vai transformar, em 2020, o ex-pavilhão da Associação Industrial do Minho (AIMinho), que comprou por 1,3 milhões de euros, no novo centro de congressos e exposições do concelho. 

A autarquia acrescentou que “o projeto de adaptação e refuncionalização do espaço está já a ser efetuado e as obras arrancam já no início de 2020”.

Segundo o município, o novo equipamento “passará a contar com uma sala de congressos e eventos para cerca de 500 pessoas, um auditório para 140 pessoas, uma sala de exposições e ainda salas para workshops ou sessões temáticas”. 

“O novo espaço de congressos irá beneficiar da centralidade das instalações, da proximidade do parque de estacionamento, que permite o acesso rápido ao centro histórico e às diversas unidades hoteleiras, restauração e comércio tradicional da cidade”, sustenta a nota enviada à imprensa.

O município adiantou que “serão efetuadas obras de adaptação da atual Escola Profissional – ETAP, instalada naquele edifico, potenciando assim os cursos de formação profissional nas áreas e apoio logístico e de operação ao centro histórico”.

Em maio, a Câmara aprovou, por unanimidade, a compra, por 1,3 milhões de euros, do pavilhão, através de um empréstimo de doze anos para financiamento daquela operação.

A decisão de adquirir o imóvel é justificada com “os inúmeros pedidos de congressos e eventos nacionais e internacionais que o município tem vindo a receber e que torna urgente a disponibilização de mais instalações” para a realização dessas iniciativas.

Além da aquisição do imóvel, situado no Campo d’ Agonia, e da contração do empréstimo, o executivo municipal aprovou ainda, também por unanimidade uma segunda revisão orçamental, “para introdução daquela operação nas contas de 2019” e incluir, “no orçamento de 2020, uma verba de um milhão de euros para a realização de intervenções no imóvel a candidatar a fundos comunitários”.

Na altura, o presidente da Câmara, José Maria Costa explicou que o pavilhão da AIMinho, encontra-se em processo de venda na sequência de uma decisão judicial que determinou a “liquidação e encerramento” da associação, depois de a assembleia de credores ter rejeitado um plano para recuperar a instituição da insolvência, devido ao voto contra do Novo Banco, que tem um crédito de cinco milhões de euros.

O imóvel possui uma área de terreno total de 8.600 metros quadrados, uma área do pavilhão de 3.100 metros quadrados, uma área de receção/entrada com 380 metros quadrados e uma área de serviços/gabinetes de 750 metros quadrados. 

Em setembro de 2018, o Ministério Público (MP) acusou 126 arguidos, 79 pessoas singulares e 47 empresas, no âmbito de um processo-crime sobre ganhos ilícitos de quase 10 milhões de euros com projetos relacionados com a AIMinho e cofinanciados pela União Europeia.

Os 126 arguidos vão responder por crimes de associação criminosa, fraude na obtenção de subsídios, burla qualificada, branqueamento, falsificação e fraude fiscal qualificada, remontando os factos ao período entre 2008 e 2013.

Com Lusa