O presidente da Câmara de Vila Nova de Cerveira disse hoje ter recebido “nova manifestação de interesse” do mesmo investidor que, há mais de uma década, tenciona construir um campo de golfe na freguesia de Covas.
“O investidor manifestou-me interesse em reformular o projeto inicial, que previa, além do campo de golfe, a construção de uma unidade hoteleira, uma componente imobiliária e equipamentos desportivos e de lazer. Era um investimento avultado, da ordem das dezenas de milhões de euros, que o promotor disse querer prosseguir, redimensionando-o para o tornar mais viável”, explicou à Lusa Fernando Nogueira.
O autarca explicou que o projeto, com “vários anos, acabou por estagnar aquando da crise económica de 2009”, adiantando que o promotor pediu a prorrogação da exclusão do regime florestal parcial de uma parcela de terreno baldio no perímetro florestal de Vieira e Monte Crasto, na freguesia de Covas, naquele concelho do distrito de Viana do Castelo.
O decreto, que prorroga por mais seis anos a exclusão do regime florestal parcial uma parcela de terreno com a área de 61,20 hectares, foi hoje publicado em Diário da República.
O documento refere que aquela parcela de terreno “destina-se à implementação de um empreendimento denominado campo de golfe”.
“A retração no investimento verificada nos últimos anos levou ao adiamento desse projeto para uma oportunidade em que o país estivesse em período de crescimento sustentado da sua economia, com a consequente confiança dos investidores e uma ambiência propícia ao investimento e à sua rentabilização, como aquele que se vive atualmente”, adianta o decreto, aprovado em Conselho de Ministros no dia 24 de janeiro.
A prorrogação, por seis anos, com efeitos desde 05 de setembro de 2018, recolheu pareceres favoráveis do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e da Junta de Freguesia de Covas.
O projeto inicial apontava para a criação de um campo de golfe de montanha, de 18 buracos, complementado por um hotel de quatro estrelas, num investimento global estimado em 10 milhões de euros.
Em julho de 2012 foi aprovada, em Conselho de Ministros, a primeira exclusão do regime florestal parcial daqueles terrenos, mas o projeto não chegou a avançar.
Fonte: Lusa