Altominho.tv
CM VIANA DO CASTELO

Mais de 350 alunos da escola Frei Bartolomeu dos Mártires, em Viana, regressam às aulas em novas salas

Mais de 350 alunos de 17 turmas iniciaram hoje o segundo período letivo em novas salas de aula, com a conclusão de 70% da requalificação da Escola Frei Bartolomeu dos Mártires, em Viana do Castelo.

O presidente da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, explicou, em declarações à Lusa, que a primeira fase da empreitada, num investimento global de 5,3 milhões de euros, inclui, além das salas de aula, “os abrigos, átrio principal, percursos e pátio principal, biblioteca, bar, refeitório, cozinha, arrecadações, instalações sanitárias, secretaria, gabinete médico, entre outras”.

Em causa está a intervenção na EB 1,2,3 Frei Bartolomeu dos Mártires prevista desde 2011. Classificada como urgente, chegou a estar prevista para a fase IV da Parque Escolar, mas acabou por nunca sair do papel, com a suspensão daquele programa de requalificação dos edifícios escolares.

O autarca adiantou que “a segunda fase da intervenção, a concluir no verão, prevê a construção de um novo pavilhão gimnodesportivo e os arranjos exteriores”, referindo que “no ano letivo 2019/2020 a escola estará totalmente requalificada”. No exterior, “está também prevista, para além da nova via que permite a segurança aos alunos, a construção de estacionamento”.

Situada no centro da cidade, a escola Frei Bartolomeu dos Mártires data de 1980, tem 630 alunos, 280 do 2.º ciclo e 350 do 3.º ciclo.

Com a intervenção agora concluída, financiada pelo Norte 2020, a nova entrada principal da EB 2/3 Frei Bartolomeu dos Mártires integra um painel da artista Paula Branco Pereira, de Viana do Castelo. A obra, com 5,22 metros quadrados, composta por 232 azulejos pintados à mão, em ladrilho cerâmico, integra-se no projeto “Trajetórias de um Frei: simbolismos e micronarrativas”.

Criado “a partir do conceito de vida e das trajetórias do Frei, o painel estabelece relações dessas representações simbólicas com a contemporaneidade”.

Segundo a artista, “a composição visual a cores tem um formato panorâmico, marcada pela existência de uma divisão horizontal através de uma corda, que simboliza a comunicação entre o céu, o mar e a terra. A ligação aos sinais culturais de Portugal também está presente na peça, partindo de ícones típicos de Viana do Castelo, como o coração de filigrana, até mitologias relacionadas com a natureza e o mar”.

A figura do frei “domina a parte central da composição, destacando-se os braços abertos e as grandes mãos que seguram e abrem um livro, considerado fonte de saber e de conhecimento”.

Com a requalificação agora concluída, que resultou de um “acordo de colaboração entre a Câmara Municipal e o Ministério da Educação, foram criadas 28 salas de aula, sendo 19 salas normais, um gabinete de educação especial, uma sala de música, uma sala de informática, um laboratório de ciências, um laboratório de física e química, uma sala de educação visual e duas de educação tecnológica”.

A primeira fase “implicou a criação de um edifício principal e também a requalificação do piso nos campos de jogos, a requalificação dos espaços existentes, dois edifícios que serão mantidos e qualificados e um pavilhão desportivo e edifício técnico”.

O projeto integra “um novo arruamento para permitir a segurança dos alunos e a criação de salas de aula e salas especiais para alunos com necessidades especiais”.

Além da requalificação e ampliação dos espaços, a intervenção agora em curso previa, inicialmente, um investimento superior a 10 milhões de euros.

O projeto, entretanto reformulado, contemplava a fusão de três níveis de ensino na mesma escola com a prevista desativação da escola primária do Carmo, também no centro da cidade.