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Bienal de Cerveira arranca sábado em formato duplo e com mais de 350 obras

Bienal de Arte de Vila Nova de Cerveira inaugura no sábado a sua 21.ª edição, que vai acontecer em formato duplo e com a apresentação de mais de 350 obras.

O evento vai decorrer até 31 de dezembro, com o tema “Diversidade-Investigação. O Complexo Espaço da Comunicação pela Arte”, “mantendo o modelo que o caracteriza ao longo de um percurso iniciado em 1978, com algumas adaptações à nova realidade”, segundo a organização.

De acordo com a Fundação Bienal de Arte de Cerveira (FBAC), que organiza o evento, o formato duplo adotado nesta edição permite conhecer as obras, gratuitamente, ao vivo e “inclui, pela primeira vez, uma edição digital, que permitirá ao público a visita virtual à bienal de arte mais antiga do país e da Península Ibérica a partir de qualquer parte do mundo”.

“A transmissão da programação complementar nas redes sociais será outra das apostas, por forma a possibilitar a participação e o envolvimento dos visitantes. Entrevistas em ateliers, intervenções artísticas e visitas guiadas são alguns dos conteúdos que estarão disponíveis gratuitamente”, adianta a organização na nota enviada à imprensa.

“Esta XXI edição tem intrínseco o desafio de se sobrepor às restrições provocadas pelo novo coronavírus e, se a vertente presencial não puder vingar, colocaremos a Bienal a percorrer o mundo através de uma plataforma digital, permitindo visitas virtuais, contacto com artistas, críticos e curadores, envolvendo os públicos e os seus olhares atentos”, afirma o presidente da Fundação Bienal de Arte de Cerveira, Fernando Nogueira, citado naquela nota.

Ao longo do evento, “serão apresentadas mais de 350 obras de cerca de 370 artistas de 38 países”. De acordo com dados da FBAC, o concurso internacional da bienal de arte “contou, nesta edição, com a inscrição de 740 obras, de 451 artistas oriundos de 40 países”. No total, “serão apresentados 92 trabalhos de 80 artistas e atribuídos Prémios Aquisição no valor de 20 mil euros”.

Segundo o diretor artístico do evento, Cabral Pinto, “foi este o desafio feito aos artistas, num dos tempos mais difíceis da nossa existência coletiva, que irá permitir pela sua multiplicidade de propostas, proporcionar uma reflexão sobre a nossa cultura para uma melhor qualidade de vida pelo ‘conhecimento’, com os olhos postos num futuro cada vez mais tecnológico”.

Até dezembro, o evento integra a exposição do concurso internacional e artistas convidados, 11 projetos curatoriais, intervenções artísticas, conferências, conversas, visitas guiadas, entre outras iniciativas.

Para contribuir para a “descentralização cultural”, o evento volta a alargar o seu âmbito expositivo, apresentando mostras em Alfândega da Fé (Casa da Cultura Mestre José Rodrigues), Viana do Castelo (Galeria Noroeste – Fundação Caixa Agrícola do Noroeste), Vila Praia de Âncora (Centro Cultural de Vila Praia de Âncora) e Monção (Galeria de Arte do Cine Teatro João Verde).