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Vila Nova de Cerveira diz que obras na EN13 são “paliativo” para “muitas patologias”

O presidente da Câmara de Vila Nova de Cerveira disse hoje ser “oportuna” a intervenção que a Infraestruturas de Portugal (IP) tem em curso na Estrada Nacional 13, mas considerou ser um “paliativo para muitas das patologias” daquela via.

Em comunicado hoje enviado às redações, Fernando Nogueira adiantou que a empreitada de repavimentação e de limpeza do troço da EN13 que atravessa o concelho, iniciada na segunda-feira, “peca por pouco profunda e consistente, servindo apenas como paliativo para muitas das patologias existentes e que justificam amplamente uma intervenção de fundo naquele troço da EN13, entre o acesso da Autoestrada 28 (A28) e Valença”.

Segundo o presidente da Câmara de Vila Nova de Cerveira, “a última intervenção na EN13 terá ocorrido em 2010/2011, já considerada na altura como pouco consistente e que, volvidos 10 anos de enorme tráfego, “resulta numa rápida degradação que provoca enormes constrangimentos aos seus utilizadores”.

Na nota hoje enviada à imprensa, o município explicou que a IP “iniciou, esta segunda-feira, a reposição de pavimento na EN13, no perímetro urbano da freguesia de Vila Nova de Cerveira, além de um conjunto de pequenas intervenções de melhoramento do piso ao longo daquela via que atravessa o concelho”.

Fernando Nogueira tem reclamado, junto do Governo, o prolongamento da A28 para norte de Vila Nova de Cerveira, “como medida aliviadora do tráfego na EN13, especialmente de veículos pesados de mercadorias, muitos dos quais com matérias potencialmente perigosas para as pessoas e para o ambiente”.

Em fevereiro, a propósito dos descontos nas portagens de sete autoestradas, incluindo a A28, anunciados pelo Governo para os utilizadores frequentes, Fernando Nogueira considerou aquela medida como um “paliativo” para “minimizar o calvário EN13”.

“Em determinados períodos do dia e, em particular, na época de verão, é um autêntico calvário atravessar a EN13 entre Valença e o acesso da A28 em Gondarém, pois há todo um volume de tráfego que vem desde os municípios de Melgaço, Monção e Valença, além de Espanha, através da fronteira entre Valença e Tui, na Galiza”, sustentou na ocasião.

Fernando Nogueira disse ainda que sem uma intervenção “rápida e profunda” a EN13 “será, a curto prazo, uma autêntica picada africana”.

Hoje, na nota enviada à imprensa, a autarquia destacou ainda que, além da intervenção em curso, a IP “também está a realizar trabalhos de limpeza de bermas e taludes, entre o acesso à A28, em Gondarém, e o limite do concelho a norte, proporcionando uma melhor visibilidade e estética paisagística para os milhares de automobilistas que, diariamente, circulam nesta via”.

Em março, “a IP concretizou ainda uma outra empreitada entre as rotundas Norte e Sul, e que consistiu na remoção das árvores existentes, devido aos efeitos de degradação na via e por razões de segurança para peões e automobilistas”.

A Câmara de Vila Nova de Cerveira “vai, a curto prazo, executar a beneficiação do passeio no mesmo percurso, de forma a regularizar o piso, muito danificado pela ação das raízes das árvores agora removidas”.