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Visitas aos lares de idosos permitidas a partir desta segunda-feira

As visitas a idosos em lares voltam a estar autorizadas a partir desta segunda-feira, um regresso há muito pedido pelas IPSS, mas as Misericórdias do Alto Minho decidiram que os lares na região só vão abrir a visitas no final de maio.

A reabertura dos lares a visitas de familiares a idosos foi anunciada a 11 de maio, pela Direção-Geral da Saúde (DGS) numa orientação publicada na sua página oficial, na qual se determinava as regras a que as visitas teriam que obedecer.

Uma visita por semana por cada idoso, com uma duração máxima de 90 minutos, com agendamento prévio para garantir higienização das instalações entre visitas, distanciamento físico, uso obrigatório de máscara para os visitantes, proibição de levar objetos ou alimentos para dentro dos lares e organização de um registo de visitantes nas instituições são as orientações a cumprir.

A diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, reconheceu que no “país assimétrico” que é Portugal poderia haver necessidade de adiar algumas reaberturas, mas garantiu que a maioria dos lares estaria preparada para abrir.

Apesar das orientações da DGS, o Secretariado Regional da União das Misericórdias do Alto Minho emitiu um comunicado que decidiu retomar as visitas aos utentes apenas a partir do fim do mês.

Segundo o comunicado divulgado, serão “tomadas as medidas necessárias para que essas visitas se façam de forma planeada e em segurança”.

“Numa primeira fase, as Misericórdias do Alto Minho irão organizar as visitas com marcação prévia, em modo de avistamento pelas janelas e/ou através de portas de vidro e/ou em locais reservados para o efeito, de acordo com a situação clínica dos utentes e as infraestruturas de cada instituição”, informou o Secretariado Regional.

Os visitantes terão de usar máscara, cumprir as medidas de distanciamento físico, etiqueta respiratória e higienização das mãos, durante a permanência nas instalações.

As Misericórdias, com lares nos dez municípios do Alto Minho, garantem, no mesmo comunicado, que “irão continuar a apostar na tecnologia e nos meios digitais” para permitir que os utentes contactem com familiares e amigos, através de telefone e videochamada.

No centro das preocupações, e entre os focos de infeção mais problemáticos no decurso da pandemia, os lares de idosos estiveram desde o início do período de emergência, nas preocupações da Estrutura de Monitorização do Estado de Emergência (EMEE), segundo um relatório entregue na semana passada na Assembleia da República, uma preocupação traduzida, por exemplo, nos milhares de testes de despiste realizados a utentes e profissionais dos lares.

O Governo refere no relatório que, durante o terceiro período do estado de emergência, entre 18 de abril e 02 de maio, foi feito um reforço da capacidade de realização de testes em lares de idosos, abrangendo tanto utentes como os profissionais, tendo contribuído o programa nacional de testes de despistagem da covid-19 a cargo da área do trabalho, solidariedade e segurança social, com mais de 35 mil testes realizados, “em mais de 200 instituições”.